O Flamengo ficou sem o Mundial no ano passado, mas o Corinthians conseguiu levar o troféu para casa. O jogo em disputa não era o futebol, mas sim o FreeFire, que faz parte do universo dos esportes eletrônicos (e-sports). O mercado movimentou US$ 1,1 bilhão em 2019 e deve se aproximar do US$ 1,5 bilhão neste ano. O Brasil é um dos três maiores públicos na escala global deste mundo. Com todos esses números e o evidente aumento no interesse dos jovens pela atividade, a prefeitura vai incluir o e-sports na programação dos Jogos Estudantis Unificados de Petrópolis (Jeups).
O e-sports será disputado de maneira experimental, e por isso, acontece apenas na categoria sub-18. O jogo escolhido para a competição é o League of Legends (LoL), um dos mais populares deste mercado eletrônico. As escolas podem montar equipes com até sete cyber atletas (cinco jogam e outros dois são reservas) e um coach (responsável pela orientação dos jogadores). O regulamento permite a inscrição de meninos e meninas no mesmo time.
Cada partida dura, em média, de 30 até 40 minutos. Os jogos serão realizados no CT da equipe Good Gammers, que fica na Av. Dom Pedro I, no Centro. O time de Petrópolis é parceiro da prefeitura nos jogos estudantis. “É um mercado que está crescendo não apenas no Brasil, mas em todo o planeta. Nos Estados Unidos, por exemplo, já tem universidade oferecendo bolsas para cyber atletas”, conta Vinícius Verly, Ceo da Good Gamers.
“Nossa estrutura é completa. Estamos organizando uma parceria com um curso de inglês e contamos com fisioterapeuta e também uma psicóloga, que estará dando suporte no Jeups. O nosso trabalho de base é muito além de jogar video game”, completa Vinícius. “Vamos fazer uma fase classificatória entre as escolas participantes. A final será em um local para que os outros alunos, pais e amigos possam torcer e acompanhar”, explica o superintendente de Esportes e Lazer, Leandro Kronemberguer.
Além do e-sports, o pumptrack e o taekwondo estão confirmados como novidades na programação do Jeups. São 12 modalidades esportivas garantidas na competição estudantil. As mudanças deste têm como objetivo superar o número de escolas participantes de 2019, quando 50 unidades escolares se inscreveram no Jeups – o maior número da história da competição.
O prefeito Bernardo Rossi destaca que o Jeups é uma ferramenta de fomento ao esporte e que a participação dos alunos tem aumentado. “Em 2016, só 19 escolas participaram dos jogos. Em 2017 foram 41 e em 2018 foram 44. No ano passado, conseguimos um número histórico com a inscrição de 50 escolas. Acredito que neste ano, com a inclusão de outras modalidades, mais unidades estarão interessadas em participar do Jeups”, pontua.
No ano passado, o governo municipal entregou 57 troféus e 3,1 mil medalhas na cerimônia de encerramento da competição, realizada no Palácio Quitandinha. As modalidades em disputa foram oito, sendo cinco coletivas: futebol de campo, futsal, handebol, basquete e vôlei; e três individuais: tênis de mesa, xadrez e judô. O atletismo não foi realizado por causa da chuva na semana em que a competição seria disputada. O torneio acontece em três categorias: sub-13, 15 e 18.
Com as novidades para 2020, a prefeitura quer estimular a participação de ainda mais alunos. “Com a inclusão de outras modalidades, queremos que mais estudantes estejam interessados em participar. O Jeups é uma ferramenta importante no fomento ao esporte no município. Quanto mais alunos participando, melhor”, garante o superintendente.