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Covid-19: Ministério da Saúde faz balanço de ações

Por Agência Brasil – Brasília

O Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (3), fez um balanço semanal das ações de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Segundo a pasta, até o momento, foram repassados R$ 25,5 milhões a estados e municípios dos R$ 47,1 bilhões abertos em crédito para ações de combate à covid-19, o equivalente a 54% do total do montante.

Os gestores apresentaram como justificativa para a não execução da totalidade de recursos propostas de emenda ainda em análise e aportes ainda em andamento, como processos de aquisição de testes, habilitação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda há recursos também reservados para programas como a contratação de profissionais pelo Brasil Conta Comigo e os Centros Comunitários.

Até o momento, foram entregues 10.811 ventiladores pulmonares, sendo 5.552 para UTIs e 5.529 para transporte (em ambulâncias, por exemplo). Os estados que mais receberam o aparelho foram São Paulo (1.110) e Rio de Janeiro (1.085).

A pasta informou que habilitou 12.698 leitos. Este procedimento envolve o custeio de despesas destas recursos, enquanto os estados e municípios arcam com os recursos humanos e a estrutura local. Os estados mais contemplados foram São Paulo (2.062) e Minas Gerais (1.120).

Em relação aos equipamentos de proteção individual (EPIs), foram encaminhadas aos estados 255,4 milhões de unidades. Ao todo foram 176,8 milhões de máscaras cirúrgicas, 36,9 milhões de luvas, 18,2 milhões de máscaras N95 e 17,2 milhões de toucas e luvas.

Ainda conforme o balanço, foram credenciados 3.266 centros de atendimento para o enfrentamento à covid-19. Esta estrutura é financiada pelo Ministério da Saúde para implantação nos municípios visando receber pessoas com sintomas mais leves. Já os centros comunitários, voltados a áreas de maior vulnerabilidade social, tiveram 91 unidades instaladas.

Testes

O Ministério da Saúde encaminhou aos estados 6,4 milhões de kits de testes laboratoriais (RT-PCR). Até o momento, três milhões foram processados pela rede pública. O secretário executivo da pasta, Elcio Franco, revelou que entre estes 3 milhões podem estar também os kits adquiridos diretamente pelos estados. Já a rede privada realizou 2,2 milhões de exames. Quando considerados os testes rápidos (sorológicos), foram enviados aos estados 8 milhões e analisados 7,1 milhões.

Élcio Franco comentou sobre a diferença de três milhões entre os kits enviados e o total analisado. “É natural haver uma diferença entre os distribuídos e os realizados, senão, não haveria disponibilidade para que os estados os realizassem. Então a ideia é essa. Nós vamos suprindo os estados, e eles vão realizando. E se tivesse zero a zero, eles não poderiam realizar nenhum teste no dia de hoje porque teriam sido usados todos os testes disponibilizados. O teste é prescrito pelo médico. E o médico vai indicar qual tipo de teste é adequado ao paciente de acordo com o seu quadro clínico, com o momento da doença que ele está vivendo, o período de sintomas que ele tem – para indicar se vai fazer o teste rápido, se vai fazer o RT-PCR ou se vai fazer um teste. O médico poderá diagnosticar a covid por exame clínico; exame físico; poderá solicitar exames complementares como o teste laboratorial; diagnóstico por imagens; e poderá, ainda, pedir um exame clínico epidemiológico e começar um tratamento precoce”, explicou.

Em termo de medidas, ele destacou que não há falta de capacidade e que os excedentes dos laboratórios centrais podem ser transportados para plataformas em algumas cidades, como São Paulo, Curitiba e Fortaleza.

Medicamentos

Ainda de acordo com os gestores do Ministério da Saúde, foram repassados aos estados 20,3 milhões de unidades de medicamentos, sendo 5,6 milhões de cloroquina e 14,7 milhões de Oseltamivir. Em relação aos medicamentos para intubação, demanda crítica apontada pelos estados, os representantes do ministério afirmaram que estão preparando um segundo pregão eletrônico para suprir os itens não contemplados na primeira rodada da licitação.

O pregão foi adotado como estratégia para promover uma compra centralizada na qual os estados podem aderir e fazer a aquisição. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, declarou que os estados melhoraram em relação ao abastecimento. “Temos uma situação de saída daquele alerta vermelho e estamos no alerta amarelo, em uma atenção que permanece contínua vendo onde pode ocorrer a ameaça de desabastecimento”, disse.

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