Destaques Geral Últimas Notícias

Brasil deve levar solução para crise energética à COP 27, diz ministro

 Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse hoje (14), em São Paulo, durante reunião com empresários da Câmara Americana de Comércio para o Brasil, que o país levará para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP 27), entre 6 e 18 de novembro, no Egito, a ideia de que o Brasil é parte da solução para a crise energética que ocorre em todo o mundo.

Segundo ele, em um dos estandes do país serão apresentados 10 gigawatts (GW) de biomassa eólica e um painel com 700 GW de eólica marinha para mostrar que o Brasil tem potencial de energias excedentes, podendo exportar essa energia.

“Temos a possibilidade de mostrar um Brasil real, mais sustentável, especialmente em relação às energias. Essa conferência vai olhar muito para a energia, que é um desafio global com a crise energética que está ocorrendo. Nossa energia está sendo olhada pelos outros países como uma oportunidade de investimento. O que temos desenhado como estratégia é levar o Brasil das energias verdes e as oportunidades de consumo dessa energia”, explicou.

Acrescentou que os representantes do Brasil na COP 27 também devem abordar o tema das políticas globais para redução de emissão de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). Também haverá no estande brasileiro a apresentação de painéis de presidentes de empresas e empreendedores mostrando o que é feito no Brasil, além de um espaço de cerca de 120 metros quadrados expondo biomas e águas brasileiras.

Eficiência energética

Durante a apresentação a empresários, o ministro ressaltou que tem falado constantemente com o setor privado para melhorar a eficiência energética.

“Pretendemos criar uma nova economia verde, reduzir emissões até 2050 junto com o setor privado, que é quem vai dar a escala. Isso vai acontecer buscando soluções climáticas lucrativas para o empreendedor, para o meio ambiente e para as pessoas por meio de políticas públicas que possam ser desenvolvidas em conjunto”, assegurou.

O ministro do Meio Ambiente comentou, ainda, que, para incentivar uma transformação verde, é preciso dar incentivos fiscais para os setores específicos. “Temos diversas maneiras de incentivar: via ações do próprio governo e tributariamente. Acho que temos aí uma boa possibilidade de crescimento verde e os tributos serão um bom diferencial para fazermos com que isso aconteça”, detalhou.

Ele disse, também, que o mercado regulado de carbono no país foi criado via decreto e os setores que quiserem transacionar têm que cumprir critérios mínimos definidos em decreto. Acrescentou que o que falta são os segmentos aderirem ao compromisso de neutralidade climática até 2050.

“Assim vai se criando esse mercado, criado por uma demanda global já realizada em 2021. Quem cria o mercado são os empresários que têm seus compromissos. As pessoas talvez queiram que eu crie um mercado obrigatório, que eu dê a regra para obrigar todo mundo a reduzir as emissões na velocidade que o governo federal entende que devia ser para cada um dos setores. A chance de isso dar errado é enorme, porque vocês (empresários) já têm esse compromisso”, ponderou.

Related posts

Governo fala sobre ações de combate ao coronavírus

admin

Prefeitura segue atuando na recuperação da cidade após chuvas

admin

“Natal dos Amigos” distribui 1.400 brinquedos para crianças de comunidades em Petrópolis

admin

Deixe um comentário