Com mais de 40 anos de trajetória, o pintor italiano Adriano Mangiavacchi expõe suas obras na Casa de Petrópolis Instituto de Cultura a partir de sábado, 17.12, às 15h. O evento marca ainda mais uma edição dos “Encontros Plásticos” e vai contar com um bate-papo entre o artista e o público, com mediação de Luiz Aquila. Para a abertura da exposição, a entrada é gratuita.
Mangiavacchi também está com a mostra “Inserções”, curadoria de Claudia Saldanha, na Galeria Patrícia Costa, no Cassino Atlântico, em Copacabana, Rio de Janeiro. A mostra “Pinturas de Mangiavacchi” em Petrópolis dialoga com a exposição “Inserções” do Rio e que também reúne uma seleção de trabalhos produzidos entre 2018 e 2022.
As obras do artista apresentam inserções casuais, que resgatam paisagens com o colorido de amarelos, laranjas e verdes, presentes na natureza brasileira que Mangiavacchi tanto admira. As cores resultam de um processo de mistura de tintas acrílicas, depois numeradas, meticulosamente, para dar origem à sua própria paleta. Em alguns quadros, usa tintas iridescentes, resultando em reflexos metalizados.
“Adriano Mangiavacchi faz a união entre a natureza e a geometria com grande sensibilidade”, comenta Luiz Aquila, diretor de Arte e Cultura da Casa de Petrópolis, artista plástico e amigo de Mangiavacchi de longa data.
“Pinturas de Mangiavacchi” apresenta trabalhados do artista utilizando o processo de “seripintura” – termo concebido por ele mesmo e que reúne as qualidades da pintura e da serigrafia, em telas de formatos diversos aglutinadas, como se fossem peças de outdoors, compondo uma única obra – algumas delas chegam a passar de 1.80m.
Adriano Mangiavacchi
Aos sete anos de idade, Adriano Mangiavacchi já reproduzia a textura aveludada das flores com seus lápis de cor. Na década de 1970, viaja para o Brasil e conhece Luiz Aquila, quando passa a frequentar o seu curso de pintura, em Petrópolis. Em 1980, Adriano assume de fato a vocação pela arte, ingressando no grupo de Paulo Garcez, com quem aprende a disciplina de trabalho, a procura da linguagem, a postura crítica. Retoma seu fascínio pela poesia urbana.
Em 1986, véspera de eleições, documentou os restos de propagandas que cobriam os muros da cidade. Essas obras também foram incluídas em exposição coletiva na Plataforma Contemporânea do Museu Imperial. A dramaticidade e espontaneidade dessas intervenções acabaram por influenciar uma fase marcante de sua carreira, em um momento de grande potencial pictórico.
“A cidade é uma fonte de inspiração extraordinária”, afirma, Mangiavacchi.
Encontros Plásticos
O Encontro Plástico, que acontece na abertura da exposição, integra a programação do projeto “A Casa é Sua! – Encontros da Casa de Petrópolis” e tem o apoio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do edital Retomada Cultural 2.
A Casa de Petrópolis funciona à Avenida Ipiranga 716, no Centro Histórico. Usualmente, o espaço funciona de quarta a domingo, sempre das 10h às 16h e tem entradas a R$ 16 a inteira e R$ 8 a meia. Para a abertura da exposição e o Encontros Plásticos, no entanto, a entrada é franca. O espaço possui estacionamento rotativo.