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Comissão de Transporte da Câmara Municipal é contra aumento da passagem de ônibus

A Comissão do Transporte Público e Mobilidade Urbana da Câmara Municipal repudiou a possibilidade de novo aumento da tarifa de ônibus. O tema está na pauta da reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes, que será realizada nesta terça-feira (11), após convocação feita pelo governo municipal publicada em Diário Oficial.

Presidente da comissão, o vereador Hingo Hammes criticou a possibilidade de novo reajuste e lembrou que a população continua sofrendo com os constantes problemas no sistema, agravados após o incêndio na garagem das empresas Petro Ita e Cascatinha, no início de maio. “Enquanto o governo municipal não tratar este tema de forma séria e responsável, vamos seguir com os mesmos problemas. Discutir reajuste sem a garantia de contrapartida, sem melhorias reais no serviço, é ignorar toda a luta da população e dos funcionários do sistema por avanços”, lamentou.

Ele lembrou que o pagamento do subsídio para gratuidade dos estudantes – uma injeção de R$ 1,8 milhão mensais no sistema – e também dos recursos para custeio da gratuidade dos idosos, repassados pelo governo federal, têm que impactar na tarifa, garantindo redução no valor da passagem. “Foram dois aumentos de tarifa em 2022 e, agora, querem mais um, ignorando os avanços que iniciamos em 2021 com a criação do vale-educação e todo o trabalho para que o município assuma o sistema de bilhetagem eletrônica, verdadeira caixa preta do sistema. As empresas hoje recebem o subsídio da gratuidade, mas seguem mantendo ônibus sucateados e frota reduzida nas ruas. Como explicar? Ainda assim terão direito a reajuste de tarifa? É uma afronta a todos nós, cidadãos”, lamentou o parlamentar.

O vereador Eduardo do Blog, também integrante da Comissão de Transporte da Câmara, considera um abuso a possibilidade de reajuste. “Se aprovado, este será o terceiro aumento de tarifa em um ano e meio. E o que houve de melhoria no serviço? Seguimos com problemas de quebra de ônibus, atrasos e veículos lotados nos horários de pico. Pagamos caro por um serviço que é ruim. Muito ruim. Os usuários sofrem. Os funcionários sofrem. Não podemos apoiar nenhum tipo de reajuste”, criticou.

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