Os benefícios do diagnóstico precoce e do tratamento da Fibrilação Atrial foram tema central do I Simpósio Serrano de Fibrilação Atrial, organizado pelo médico petropolitano Tayene Quintella, especialista em arritmias cardíacas. O evento, realizado no último sábado (11/11) em Petrópolis, no Villa Itaipava Resort, reuniu, pela primeira vez na Região Serrana do Estado, mais de 50 médicos, entre eles especialistas reconhecidos no cenário nacional, como a diretora nacional da Cardiologia da Rede D’Or, Dra. Olga Souza, e o o coordenador do laboratório de eletrofisiologia cardíaca da Rede D’Or São Luís/RJ, Dr. Nilson Araújo.
Durante o evento, que se estendeu por toda a manhã, alguns dos principais nomes da área apresentaram a profissionais da área médica a importância da abordagem integrada, co-relacionando informações sobre o paciente, como idade e histórico, com comorbidades. O cuidado multidisciplinar, de acordo com os especialistas, abre caminho não apenas para o correto diagnóstico como também para o melhor encaminhamento, seja com tratamento medicamentoso ou indicação para a realização de procedimentos como a ablação.
Organizador do simpósio, o arritmologista Tayene Quintella lembrou que vem trabalhando, junto do coordenador do Serviço de Cardiologia do Hospital Santa Teresa, Dr. Nélio Gomes, na implantação do serviço de Arritmia e Eletrofisiologia em Petrópolis, para atendimento em toda a região. “Estamos falando de um serviço que vem sendo reestruturado nos últimos três anos, com demanda crescente de pacientes. O simpósio veio para preparar os profissionais de forma que possam orientar os pacientes e também atuar diretamente no tratamento especializado da fibrilação atrial, um segmento em constante evolução diante do rápido desenvolvimento de novas tecnologias e sistemas”, detalhou.
“É um sonho termos, na cidade, clínicas de tratamento de Fibrilação atrial, garantindo esta abordagem ampla e multidisciplinar de maneira organizada e efetivamente integrada, mas esse é um longo caminho que vamos trilhar. Hoje o nosso foco é sensibilizar os profissionais da área de saúde, das equipes de enfermagem ao corpo médico, em relação aos fatores de risco e comorbidades que podem estar relacionadas. Queremos mostrar que, quando falamos de arritmias cardíacas, principalmente de Fibrilação Atrial, não estamos abordando algo relacionado apenas à eletrofisiologia. Estamos falando também de estilo de vida e comorbidades que podem estar intimamente ligadas às questões cardíacas”, explicou o médico Tayene Quintella.
A fibrilação atrial é a arritmia com maior prevalência no mundo: segundo dados da Organização Mundial de Saúde, são mais de 50 milhões de casos. Nos últimos anos, o avanço das tecnologias abriu caminho para o tratamento dos pacientes, mesmo nos casos mais graves, ampliando de forma significativa as chances de quem sofre com o problema.