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Exibição do documentário “Santos Dumont: Pré-Cineasta?” terá a presença do renomado diretor Carlos Adriano nesta sexta

O cineasta, poeta e pesquisador Carlos Adriano volta à Petrópolis 15 anos depois de ter filmado parte de seu documentário “Santos Dumont: Pré-Cineasta?” na cidade. Ele vai participar de um debate após a exibição do documentário, que ocorrerá na Casa de Santos Dumont nesta sexta-feira (19), às 19h, com entrada gratuita. A atividade integra as comemorações do 151º aniversário do pai da aviação e encerra a programação do Cineclube Raul Lopes em Todo Lugar.

O documentário foi produzido a partir de uma investigação de um carretel de fotos de Santos Dumont de 1901, descoberto no Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), em 2002, por Carlos Adriano. As imagens mostram Santos Dumont explicando ao inglês Mr. Rolls o funcionamento de seu dirigível. O diretor seguiu as pistas encontradas durante sua pesquisa para compor o documentário.

A exibição nesta sexta celebra a vida e as conquistas de Santos Dumont, além de destacar a importância do cinema de arquivo como método e poética na preservação da memória histórica. O evento vai contar também com a presença do artista plástico Luiz Aquila, das cineastas, Aline Castella e Diana Iliescu, e do diretor da Casa Santos Dumont, Claudio Gomide.

A atividade faz parte da programação do projeto “Cineclube Raul Lopes em Todo Lugar”, uma realização do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e tem o apoio da Prefeitura de Petrópolis e Instituto Municipal de Cultura, através da Lei Paulo Gustavo.  

Sobre Carlos Adriano

Admirado por Caetano Veloso, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, o cineasta já foi chamado de Godard brasileiro (Luiz Carlos Merten), “o maior poeta do cinema brasileiro” (Francis Vogner) e também é considerado como o único cineasta brasileiro que herdou o legado do Modernismo (Eduardo Escorel). Isso porque sua poética é a do found footage, que é um gênero de filmes de reapropriação de material de arquivo para a criação de outros significados poéticos: “Eu não posso conversar com um artista que já morreu há mais de século, mas com a sua obra eu posso”, diz Carlos Adriano.

Segundo o crítico Eduardo Valente na Revista Cinética, este é o filme mais pessoal que Carlos Adriano já fez. “Talvez um dos mais pessoais já feitos na história do cinema”, afirma.

“O conjunto do [seu] trabalho revela um cineasta mais profundamente envolvido com a linguagem que elegeu do que qualquer outro em atividade hoje de que eu tenha conhecimento. Um cineasta para cineastas. Mas também um cineasta para poetas e artistas. E, portanto, para todos os verdadeiros amantes do cinema. Seus filmes são feitos para o espectador-artista, isto é: fazem do espectador que de fato os vê um artista. E fazem já uma diferença na perspectiva crítica de todo o nosso cinema”, afirmou Caetano Veloso.

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