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Queda na inadimplência em junho indica alívio temporário para consumidores, mas números aumentam em relação a 2023

Após meses de crescimento contínuo, o número de inadimplentes no Brasil registrou uma ligeira queda em junho de 2024, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em comparação com o mês anterior, o percentual de consumidores negativados recuou 0,43%, totalizando 67,98 milhões de brasileiros adultos, ou 41,28% da população. Apesar dessa diminuição, os números ainda refletem um aumento de 0,53% em relação ao mesmo período do ano passado, indicando uma persistência na dificuldade de pagamento das dívidas.

Esse cenário é particularmente relevante em Petrópolis, onde o comércio local também enfrenta desafios. Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL), ressalta a importância de uma abordagem prudente por parte dos consumidores. “O aumento na taxa de inadimplência reflete um cenário econômico desafiador, mas a queda observada em junho pode ser um sinal de que medidas de controle de gastos e renegociação de dívidas estão surtindo efeito. É crucial que os consumidores mantenham o foco no equilíbrio de seus orçamentos para evitar complicações futuras.”

A análise dos dados mostra que a maior parte dos inadimplentes se encontra na faixa etária de 30 a 39 anos, com 49,37% desse grupo etário negativado. Além disso, a média de dívidas por consumidor inadimplente é de R$ 4.476,42, sendo que 30,66% das dívidas são de valores inferiores a R$ 500. Este perfil demográfico sublinha a vulnerabilidade de uma parte significativa da população frente a crises financeiras e à falta de planejamento.

Mohammad também comenta sobre as tendências setoriais das dívidas, destacando uma queda na inadimplência com o comércio em geral (‐4,85%), enquanto o setor bancário viu um aumento de 3,34% nas dívidas em atraso. “Em Petrópolis, observamos uma tendência semelhante, com uma redução nas dívidas relacionadas ao comércio, o que pode indicar uma recuperação gradual do consumo local. No entanto, o aumento das dívidas bancárias é preocupante e reflete o custo crescente do crédito. As empresas precisam estar atentas e buscar estratégias para apoiar os consumidores, oferecendo condições mais favoráveis e promovendo a educação financeira.”

Os números, segundo o líder empresarial, reforçam a necessidade de um planejamento financeiro mais rigoroso por parte dos consumidores e de uma adaptação estratégica das empresas para mitigar os impactos da inadimplência. Com o fim do ciclo de queda dos juros, o custo do crédito tende a se elevar, tornando ainda mais crucial que os consumidores gerenciem suas dívidas de forma responsável. “Enquanto o comércio em Petrópolis se ajusta a essa nova realidade, o papel das instituições financeiras e das entidades comerciais em apoiar os consumidores será fundamental para a recuperação econômica da cidade e do país. A CDL e a Confederação vêm defendendo a adoção de políticas públicas para o consumo consciente que torna o ciclo de compras saudável e  contínuo”, aponta Cláudio Mohammad.

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