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Espetáculo A Mulher Maracanã estreia no Centro Cultural Sesc Quitandinha

A trajetória da artista petropolitana, Soninha Maracanã, uma mulher preta, do candomblé, símbolo da resistência negra na cidade, é o tema do espetáculo A Mulher Maracanã. A estreia será na próxima quinta-feira, dia 7/11, na sala de teatro Café Concerto, no Centro Cultural Sesc Quitandinha, onde a montagem permanece em cartaz também no dia 8/11, com apresentações sempre às 20h. A peça também será uma das atrações do Teatro Imperial, no dia 15/11, às 20h. O projeto, que faz parte do Edital LPG, apoio ao Teatro Evoé, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, terá todas as exibições com entrada gratuita. 

A Mulher Maracanã tem como personagem central, uma artista marcada por uma história de luta e superação. Sonia Regina Fraga Mendes, a Soninha Maracanã, personifica as lutas e conquistas de outras mulheres pretas invisibilizadas pela sociedade. Criadora da primeira casa de cultura negra da cidade, a Casa Rane, aos 63 anos de idade, a artista vive de seu trabalho, com foco na promoção da cultura preta petropolitana. Em uma cidade onde o povo preto precisa se impor, Soninha tem muitas histórias profundas de amor e dor.

“É uma grande honra contar um pouco da minha trajetória através dessa arte linda, que é o teatro. Tenho certeza que as minhas vivências representam as de muitas mulheres que precisam vencer suas lutas diárias e espero com esse trabalho, abrir a mente da sociedade para a importância da manutenção das nossas origens”, destacou Soninha.

No enredo, o espetáculo apresenta episódios marcantes da vida da artista, como no período em que esteve no Japão para levar a cultura brasileira. Esse momento e vários outros da história de Soninha são contados pelos atores Alexia Sil, Evelyn Falck, Igor Oggy, Laís Aguiar, Lilian Regina e Maicon Vianna. Soninha Maracanã, que assina a autoria do texto, tem participação especial no espetáculo, que conta ainda com a direção e dramaturgia de Joice Marino, com o músico Sabão Batukda, direção musical de Lelei Gracindo e uma extensa ficha técnica de artista de destaque na cidade.

A dramaturgia foi construída a partir dos relatos e escritas pessoais, de Soninha Maracanã e tem o carnaval como pano de fundo para narrar sua vida e inscrevê-la no rito do teatro. É a própria rua que conta sua vida através dos corpos dos atores que amalgamam as artes cênicas, a folia e a força das Pombagiras e dos Exus.

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