Acompanhamento psicológico é fundamental para pacientes em tratamento oncológico

O Dia do psicólogo é comemorado neste dia 27 de agosto. O profissional conhecido por sua capacidade de escuta afetiva e acolhimento é indispensável para o acompanhamento de pacientes em tratamento oncológico. Especialistas do Centro de Terapia Oncológica (CTO) de Petrópolis apontam a importância desse profissional no dia a dia dos pacientes.

Para a oncologista Carla Ismael, este é um trabalho indispensável que é feito desde que o paciente chega ao CTO e tem o diagnóstico da doença. “O psicólogo tem um papel importantíssimo tanto na hora que esse paciente recebe a notícia sobre o câncer quanto na promoção da qualidade de vida durante todo o tratamento”, diz.

Psicóloga do CTO, Cristina Volker conta como esse acompanhamento é relevante. “É um tratamento de uma doença crônica, que ainda é carregado de estigmas, muitos falam ainda aquela doença, como se só o câncer pudesse matar. Na verdade, só os fatos de estarmos vivos já há possibilidade de a qualquer momento podermos morrer. Quando chegam no consultório, essas pessoas trazem o medo e a incerteza, como se a gente tivesse controle de alguma coisa”, comenta.

O papel do psicólogo, segundo Cristina, é fazer com que o paciente olhe para ele, reveja seus valores, aprenda com a própria vivência do diagnóstico e do tratamento. “Muitos dizem para mim que a partir disso se tornaram pessoas mais inteiras, melhores. Melhores com elas mesmas e com certeza nas suas relações também”.

No CTO, os pacientes recebem o diagnóstico do próprio médico e, em seguida, é chamado o psicólogo que atende o paciente e também a família. “É um momento de acolhimento, de escuta afetiva. O apenas segurar nas mãos já mostra que estamos juntos nessa caminhada. E o nosso objetivo é facilitar o processo, mostrando que o paciente tem condição de ter uma resiliência diante do que ele vai viver, apontando que ele tem todos os recursos para enfrentar a doença”, destaca.

Cristina reforça ainda a importância cada vez mais presente de cuidar da saúde mental. “Ainda mais nos dias de hoje, com a pandemia, as calamidades em Petrópolis. As pessoas ainda estão temerosas, aí quando vem a doença e mais frágeis elas ficam”, explica.

Mas, a psicóloga reforça que há caminhos para driblar a dor e o sofrimento por meio da fé e da coragem para enfrentar os momentos difíceis. O desenvolvimento da autoestima durante o atendimento psicológico, de acordo com Cristina, é fundamental para que o paciente crie a resiliência e tenha forças para passar pelos tratamentos oncológicos, com voz ativa e suas decisões sendo respeitadas pela família. Em muitos casos, felizmente superando esse momento difícil e mostrando todo espírito de luta diante de novas possibilidades e encontrando nesse processo até mesmo novas habilidades profissionais ou de lazer.

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