Durante todo o mês de março, a campanha Março Lilás chama a atenção para a prevenção e conscientização sobre o câncer do colo do útero. O objetivo é alertar sobre a importância do exame preventivo, conhecido como Papanicolau, e da vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano), principal fator de risco para o desenvolvimento da doença.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres no Brasil, sendo responsável por milhares de mortes todos os anos. “A gente fica muito chocado com esse dado e, dependendo da região do país, por exemplo no Norte e Nordeste, é a primeira causa de morte nas mulheres. Isso mostra que essas pessoas não estão chegando ao ginecologista. No Sul e Sudeste já não é a mesma coisa. A mortalidade já está bem abaixo. O nosso país é grande, a gente vê essas diferenças que atribuo como culturais e educacionais, porque se todo mundo tomar a vacina não vai existir mais o câncer do colo do útero. Na Europa, as pessoas nem conhecem mais esta doença. No Brasil, infelizmente a gente tem e, em Petrópolis, ainda são muitos casos e que já chegam no CTO em estágios avançados”, afirma Carla.
A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas entre 9 e 14 anos e para meninos entre 11 e 14 anos. “O Brasil disponibiliza a melhor vacina do mundo. Tomando o imunizante, a mulher e o homem não vão ter câncer do colo do útero e de pênis, respectivamente, no futuro”, ressalta.
Ainda de acordo com a médica, a campanha Março Lilás é fundamental para reforçar a necessidade de cuidados com a saúde ginecológica e reduzir a incidência da doença por meio da informação e do acesso aos serviços de saúde. “É importante que a mulher saiba que o câncer de colo de útero é totalmente curável. É mais fácil curar no início, mas também se consegue curar mesmo em estágio avançado. Então, se a mulher sentir sangramento, dor na relação sexual, deve procurar o ginecologista, para que possa tratar. Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podemos salvar vidas”, conclui.