Casa de Petrópolis recebe a mostra ‘7 sentidos’ com artistas renomadas no cenário mundial

A Casa de Petrópolis vai receber a mostra “7 Sentidos” com artistas renomadas no cenário mundial. A abertura será neste sábado (16), das 14h às 19h, sendo uma opção para turistas que estiverem na cidade durante a Semana Santa e também para os moradores de Petrópolis.

A mostra 7 Sentidos vai contar com uma exposição audiovisual “Toque toque- Touch touch (parte 1)”, das artistas internacionais: Antonia Dias Leite e Nina Miranda. A obra imersiva mistura vídeo, música, desenho e escultura. 

De Nina, a mostra terá ainda vídeos com os títulos “Affection” e “Na Capela”. Este último, filmado na Capela da Casa de Petrópolis com parceria de Luciana Miranda Penna.

E de Antonia, outros trabalhos de fotografia e vídeo intitulados de “Pequenas Mortes” e “Entre roupas brancas e fluidos brancos, serpentes e um jantar surrealista”. 

A mostra 7 sentidos vai contar ainda com a participação de Julia Miranda com a exposição  “Pinturas que pulam o tempo”. As obras foram realizadas entre Brasil e Inglaterra. Julia também vai pintar uma tela inédita durante a temporada na Casa de Petrópolis. “Estou curiosa para ver como as cores, texturas e histórias da casa vão aparecer nos trabalhos que irei realizar durante minha permanência”, diz a artista.

Sobre as artistas

            Antonia é uma artista multidisciplinar que trabalha com fotografia, vídeo, instalação e som. Misturando o estranho e o familiar, sua obra transita pelo universo subconsciente dos sonhos, da memória e da percepção.

Ela estudou Ciências Sociais e Filosofia no Rio de Janeiro no final dos anos 90; mudando-se para Nova York em 2001, ela se formou na Parsons School of Design e trabalhou como diretora de arte em um estúdio de design de 2002 a 2008. 

Em 2009, Antonia concluiu seu mestrado em Fotografia e Vídeo pela School of Visual Arts NY, tendo Vik Muniz como orientador de tese. Seu trabalho foi publicado na Vogue Italia e no The New York Times, onde Roberta Smith o chamou de “hipnotizante”. 

No currículo, a artista tem ainda passagem por exposições internacionais, como a Bienal de Pequim (Pequim), Nova York (Galeria Stephan Stoyannov), Berlim (Grimmuseum), Clermont-Ferrand (Festival Videoformes), Milão (Festival Arte in Sarpi), São Paulo (Galeria Leme) e Rio de Janeiro (Centro Cultural Banco do Brasil, Museu Paço Imperial e Galeria Anita Schwartz).

Já Nina Miranda é cantora, produtora e multiartista. Nina e Julia são filhas do também artista plástico Luiz Aquila. 

“Sonhar acordada, para mim sempre foi uma atividade essencial, ser uma artista é uma forma de manter isso como parte integral da minha vida. Nunca gostei dos limites das delineações sociais. Uma formação multicultural com muitas viagens, reforçou para mim que as normas de uma cultura pareciam sufocantes e arbitrárias. Meu desejo é sair das caixas, descobrir novas maneiras de ver e mergulhar na abertura”, comenta Nina. 

Enquanto Julia Miranda estudou Design Gráfico na Brighton University e Ilustração de Livros Infantis na Cambridge School of Art. Artista residente em uma escola, ela expôs amplamente em Londres, bem como em Nova York, Barcelona e Munique. Atualmente, está preparando exposições coletivas na Firestation Gallery, na Escócia, e no Vestry House Museum, na Inglaterra.

A artista realizou duas exposições individuais no Rio de Janeiro, na Galeria Patricia Costa, em 2015, e no Paço Imperial, em 2010.

“Viajar tanto durante a minha infância pode ter me dado o olhar de uma pessoa de fora em busca de mensagens. Assim, a frase calorosa ‘Volte Sempre’ no papel de embrulho de padaria utilizado no Brasil, para mim é muito tocante. Interagir com este texto talvez me dê a sensação de estar envolvido – literalmente – na minha própria história de vida”, comenta Julia.

A artista trabalha com materiais usados ou encontrados que não foram projetados para fazer arte. Ela acredita que esses materiais vêm com sua história e, muitas vezes, já serviram ao seu propósito. 

“Então eu sou livre para reaproveitá-los à vontade, escolhendo quais traços enfatizar ou apagar para dar-lhes uma segunda vida. Por exemplo, uma cor  “acidental”  derramada e tomando seu próprio curso pela superfície, sugere imagens cujo significado eu mesma posso definir”, explica Julia.

Ela afirma que enquanto sua preocupação consciente é com cor e equilíbrio, uma peça, uma vez finalizada, também serve como um diário subconsciente. 

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