O Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou, nesta quarta-feira (12/4), a primeira reunião do Comitê Intersetorial de Segurança Escolar, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul carioca. O objetivo é o desenvolvimento de projetos, treinamentos e diversas atividades para prevenção às situações de violência nas instituições de ensino.
Durante o encontro, que contou com representantes de secretarias de Educação, forças de segurança, deputados estaduais, defensores públicos, Ministério Público e entidades de classe, o grupo reforçou a necessidade de incluir profissionais da área de saúde para auxiliar nas questões relacionadas à saúde mental de alunos e professores.
O vice-governador Thiago Pampolha ressaltou a responsabilidade de todos na construção de um ambiente seguro e de paz nas escolas.
– A perspectiva é que tenhamos resultados práticos e que cada órgão presente no Comitê traga ideias e propostas que efetivamente saiam do papel e contribuam para a segurança de alunos e profissionais da educação – enfatizou o vice-governador.
A secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, presidente do Comitê, ressaltou o esforço do Governo do Estado em implantar uma força-tarefa que traga novas medidas e ações.
– Trouxemos para esta primeira reunião algumas sugestões. Uma delas é que a Polícia Civil crie uma titulação para ocorrências referentes à violência escolar. A partir deste registro, a Secretaria de Educação poderá trabalhar pedagogicamente com os dados mapeados pelo Instituto de Segurança Pública – propôs a secretária.
O secretário de Polícia Militar, coronel Henrique Pires, destacou o reforço da Patrulha Escolar e a criação do aplicativo “Rede Escola”, que já está em fase de implantação e será apresentado num próximo encontro do Comitê, ainda sem data agendada. Outra ação desenvolvida pela secretaria e que está em fase de conclusão é o treinamento de gerenciamento de crise e protocolos de segurança para os profissionais da Educação.
A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) tem atuado em parceria com as plataformas digitais, o que vem permitindo a identificação de perfis ativos nas redes sociais de incitação à violência escolar. Todo o trabalho da Polícia Civil está alinhado com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e conta com apoio das delegacias distritais.
Os membros do Comitê reforçaram a responsabilidade de toda a sociedade para o não compartilhamento de mensagens que levem ao “efeito contágio” e à propagação da violência.