Desde que foi implantado o controle sanitário nas principais entradas da cidade como forma de mitigar a circulação de pessoas e evitar a disseminação da Covid-19, mais de 300 veículos de moradores de outros municípios foram impedidos de entrar em Petrópolis. Em alguns casos, porque havia passageiros sintomáticos para a nova doença e, esse controle tem impactado diretamente na rede de saúde: o número de atendimentos nas unidades de urgência foi reduzido em 40%.
“As unidades de saúde têm recebido apenas petropolitanos. Era comum, antes da pandemia, receber muitos moradores de outras cidades, especialmente da Baixada Fluminense. Com essa medida, o sistema acabou desafogando”, informa a secretária de saúde, Fabíola Heck.
Como tem feito desde o início do controle sanitário, o prefeito Bernardo Rossi acompanhou o trabalho dos agentes públicos nesse sábado (25.04). Mais uma vez, ele ressaltou a importância das ações diretas no controle da doença. “Tomamos as medidas logo no início. E isso faz toda a diferença. Quando a gente fecha a barreira, a gente protege a cidade. Petrópolis está toda organizada. E não é justo municípios que não se organizaram utilizarem nosso sistema de saúde. Petrópolis está se protegendo, por isso que estão funcionando nossas barreiras sanitárias”, afirma o prefeito.
Deisirré Mathias é uma das enfermeiras que trabalha na triagem das pessoas que tentam acessar a cidade. E além de checar a placa ou a justificativa que trás a pessoa a Petrópolis – como uma ordem de serviço para entrega de encomenda, por exemplo – ela mede a temperatura e avalia se há sintomas da Covid-19. “Se a pessoa está com mais de 37,8° já acende o sinal de alerta. O morador de Petrópolis é orientado a preencher uma ficha e é encaminhado para a vigilância epidemiológica para que a situação dele seja monitorada. Quem não é morador precisa retornar”, ressalta.
Só na manhã de sábado três motoristas tiveram que voltar para a rodovia, ao tentar acessar a entrada do Bingen. Um número que vem caindo todos os dias. “O desafio de fechar as entradas da cidade é grande. A gente consegue controlar os pontos principais. Mas, dependemos muito da compreensão das pessoas. A gente entende o momento de estresse, mas a maioria das pessoas têm sido compreensivas”, avalia o diretor da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte – CPTrans, Jairo da Cunha Pereira.
É o caso do pintor e morador de Petrópolis Edson Ferreira, que passou por um dos pontos de controle depois de visitar o irmão. “Eu acho que esse é um grande trabalho, conferir se as pessoas estão bem, se elas podem circular sem colocar outras pessoas em risco”, destaca.