Covid-19: 4 estados brasileiros têm nota máxima em transparência

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) ampliou sua capacidade de atendimento para pacientes de coronavírus que precisam de terapia intensiva. A instituição passou a contar com 99 leitos em um novo Centro de Terapia Intensiva (CTI). Até março, a unidade contava com 53 leitos.

Por Agência Brasil – Brasília

Lançado em maio deste ano, o Ranking de Transparência no Combate à Covid-19 registrou 4 estados com nota máxima em relação às informações sobre os protocolos contra o novo coronavírus. A informação foi divulgada hoje (1º) pela organização não governamental Transparência Internacional, e é o quarto relatório sobre o assunto desde o início da pandemia.

Alagoas, Ceará, Espírito Santo e Rondônia conseguiram marcar a nota máxima em transparência nacional – 100 pontos. Segundo o levantamento, programas de estímulo econômico, doações recebidas e medidas de proteção social são critérios usados para elaborar a lista, além da facilidade em achar dados e informações sobre as medidas tomadas por administradores públicos.

O levantamento mostra que a avaliação das administrações públicas estaduais e municipais é, em média, “boa” ou “ótima”. 

Veja o ranking dos estados:

EstadoPontuaçãoAvaliação
Alagoas100 ptsótimo
Ceará100 ptsótimo
Espírito Santo100 ptsótimo
Rondônia100 ptsótimo
Amapá99 ptsótimo
Mato Grosso do Sul99 ptsótimo
Tocantins98 ptsótimo
Distrito Federal97 ptsótimo
Minas Gerais96 ptsótimo
Rio Grande do Sul96 ptsótimo
Pernambuco95 ptsótimo
Maranhão91 ptsótimo
Paraná89 ptsótimo
Goiás88 ptsótimo
Amazonas87 ptsótimo
Bahia87 ptsótimo
Mato Grosso85 ptsótimo
São Paulo82 ptsótimo
Paraíba80 ptsótimo
Rio Grande do Norte80 ptsótimo
Pará72 ptsbom
Roraima71 ptsbom
Santa Catarina68 ptsbom
Sergipe66 ptsbom
Rio de Janeiro61 ptsbom
Piauí49 ptsregular
Acre38 ptsruim

Dois estados – Piauí e Acre – não foram classificados como “bons” ou “ótimos”. Piauí, com 49 pontos, foi classificado como “regular”. Acre, que está no final da lista, registrou 38 pontos, e tem o índice de transparência classificado como “ruim”. A organização informa que, além das métricas e parâmetros que normalmente são utilizados para o estudo, uma mudança metodológica foi implementada nesta edição. A comparação com edições anteriores é, portanto, inválida.

Na classificação das cidades, o ranking mostra que nenhuma capital alcançou nota máxima. Goiânia, João Pessoa, Macapá e Vitória ficaram empatadas na primeira colocação, todas com 99 pontos. Teresina (PI), com 56 pontos, São Luís (MA), com 52 pontos, Aracaju (SE) com 51 pontos e Maceió, também com 51 pontos, estão no final da lista. Todas constam como “regulares”. Nenhuma cidade foi classificada como “ruim”.

Veja o ranking das cidades:

Capital:PontuaçãoAvaliação
Goiânia99 ptsótimo
João Pessoa99 ptsótimo
Macapá99 ptsótimo
Vitória99 ptsótimo
Porto Velho98 ptsótimo
Rio Branco98 ptsótimo
Manaus97 ptsótimo
Palmas97 ptsótimo
Fortaleza96 ptsótimo
Boa Vista95 ptsótimo
Campo Grande94 ptsótimo
Porto Alegre94 ptsótimo
Belo Horizonte93 ptsótimo
São Paulo92 ptsótimo
Florianópolis89 ptsótimo
Recife86 ptsótimo
Natal85 ptsótimo
Salvador84 ptsótimo
Curitiba83 ptsótimo
Belém78 ptsbom
Cuiabá73 ptsbom
Rio de Janeiro69 ptsbom
Teresina56 ptsregular
São Luís52 ptsregular
Aracaju51 ptsregular
Maceió51 ptsregular

“As novas fases de enfrentamento à pandemia exigirão contínua atenção do poder público para garantir a transparência de suas ações, agora em outras frentes. As cidades, em particular, devem redobrar seus esforços”, afirma Guilherme France, coordenador do ranking, em nota. 

ranking avaliou o desempenho geral do governo como “bom”, com 71 pontos. Segundo o boletim, ainda não há divulgação ampla e fácil de dados de contratos, notas de empenho e documentos que permitam o monitoramento das ações.

Metodologia e robôs

O boletim informa que nesta 4º edição, as metodologias utilizadas foram mais rigorosas e trouxeram mais pontos de avaliação. Entretanto, a média geral permaneceu no mesmo patamar, tendo variado em apenas um ponto – 84 pontos nesta edição contra 85 pontos na edição passada.

O estudo revela ainda que um dos critérios essenciais para formulação do ranking é a possibilidade dos dados estarem disponíveis para a leitura por “robôs” – programas criados para extração massiva de dados que ficam disponíveis abertamente em portais de informação pública. A avaliação também contabiliza o esforço do governo em criar canais para escutar a sociedade sobre as ações em relação à pandemia do novo coronavírus.

O Ministério da Saúde não se manifestou sobre o ranking.

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