Com 183 unidades escolares e quase 42 mil alunos, a rede municipal de Petrópolis está em constante transformação: aumento da oferta no atendimento na educação infantil e no ensino integral, além de vagas para oficinas e cursos no contraturno escolar são alguns dos pontos que vem sendo trabalhados pelo poder público, desde 2017, para garantir cada vez mais a qualidade no ensino. Não à toa, os índices que avaliam o ensino, como o Ideb superam os números do Estado e do país.
E esses são só alguns pontos que revelam o fortalecimento da educação no município, situação diferente do cenário nacional, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgado nesta semana. O Pisa é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
“O investimento na educação pública de qualidade está além de garantir a vaga na escola. A capacitação dos professores conta muito e nossa rede é muito bem capacitada. Além disso, a Secretaria de Educação promove regularmente formação com os servidores, tudo para garantir a atualização dos conhecimentos”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.
Bernardo Rossi salienta, ainda, os investimentos na educação que têm reflexo positivo na rotina escolar. “Mobiliário novo, reformas e adaptações, merenda de qualidade, oferta de cursos e oficinas no contraturno escolar, além da valorização dos servidores com os direitos em dia, salários em dia, a possiblidade de se promover atividades diferenciadas fora do ambiente escolar, tudo isso contribui para o fortalecimento da educação no município”, esclarece.
Com relação ao Ideb, em Petrópolis, a nota (de 0 a 10) obtida pelas instituições municipais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica nos anos iniciais (do ensino fundamental) foi de 5,6; já a dos anos finais (também do ensino fundamental) foi de 4,3. No estado, a avaliação obtida pelas escolas foi de 5,3 e 4,2, respectivamente. Já os dados do Pisa apontam que no nível nacional, 68% dos estudantes não souberam o básico de matemática; 50,1% apresentaram baixo desempenho em leitura e 55,3%, baixo desempenho em ciência.
“É um caminhar. A cada ano, novas conquistas. Formações com os profissionais da rede, realização de avaliações diagnosticas, planejamento pedagógico de acordo com a realidade da escola, aumento na oferta do ensino integral são algumas das ações que se intensificaram desde 2017 e que mostram resultados positivos no desenvolvimento da educação”, explica a secretária de Educação, Marcia Palma.
Outro dado importante refere-se aos índices de educação dos professores. A taxa percentual do país em escolas municipais é de 87,3%. Nas unidades particulares o valor chega a 86,79%. Em Petrópolis, os professores com nível superior ultrapassam os 90%.
Sobre o Pisa
Na edição de 2018, participaram 600 mil estudantes de 15 anos de 80 países diferentes. Juntos, eles representam cerca de 32 milhões de pessoas nessa idade. No Brasil, 10.691 alunos de 638 escolas fizeram a prova em 2018. São 2.036.861 de estudantes, o que representa 65% da população brasileira que tinha 15 anos na data do exame.
O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. As avaliações do Pisa acontecem a cada três anos e abrangem três áreas do conhecimento – Leitura, Matemática e Ciências – havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas – na edição de 2018, o foco foi na leitura.