Por Reuters – Espanha
O futebol espanhol começa a dar os primeiros passos em direção ao retorno da normalidade, pois dirigentes afirmam que clubes voltam a treinar esta semana, a primeira vez desde que as atividades foram interrompidas por causa da pandemia do novo coronavírus.
A La Liga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol) disse que os clubes das duas principais divisões voltariam aos treinos seguindo um protocolo firmado entre as autoridades esportivas e de saúde da Espanha, e cuja expectativa é que garanta a segurança de jogadores e funcionários.
O protocolo obriga jogadores a realizarem testes para o novo coronavírus antes de eles retornarem aos centros de treinamento.
“Essas medidas abrangem um período de aproximadamente quatro semanas, com diferentes fases (…). Assim, junto com exames médicos realizados pelos clubes, foi implementado um retorno escalonado aos treinos, que começará com o treino individual de jogadores e com atividades em grupo antes do retorno às competições, programadas para junho”, diz o comunicado.
O presidente da La Liga, Javier Tebas, disse que o retorno do Campeonato Espanhol trará de volta um senso de normalidade à Espanha, que teve mais de 25 mil mortes causadas pelo coronavírus e que viu sua economia paralisada.
“Esta crise teve um impacto profundo em todos nós. O retorno do futebol é um sinal de que a sociedade está progredindo em direção à nova normalidade. Também trará de volta um elemento da vida que as pessoas na Espanha e no mundo todo conhecem e amam”, declarou o dirigente.
“A saúde das pessoas é fundamental, por isso temos um protocolo abrangente para proteger a saúde de todos os envolvidos, enquanto trabalhamos para reiniciar a competição. As circunstâncias são sem precedentes, mas esperamos começar a jogar novamente em junho e terminar nossa temporada neste verão [europeu]”, afirmou Tebas.
Apesar de os campeonatos Francês e Holandês terem sido encerrados de forma antecipada por conta da pandemia, a Espanha continua determinada a concluir a temporada para evitar prejuízos que podem chegar a 1 bilhão de euros.