Por Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou novas medidas para o Plano de Contingência para Chuvas Intensas, entre elas a ampliação dos sistemas de monitoramento, alerta e alarme de desastres naturais, aumento do número de operadores do Sistema de Monitoramento Meteorológico e o investimento de cerca de R$ 40 milhões para a construção da Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro II, em Petrópolis, região serrana do Rio.
Neste ano, o governo já empenhou quase R$ 1,1 bilhão no plano de contingência, somado aos orçamentos utilizados pelas secretarias para ações de prevenção de catástrofes. O valor é quase quatro vezes superior ao empenhado em 2021, quando foram destinados em torno de R$ 310 milhões nas iniciativas.
Castro disse que desde o início da nossa gestão, o governo estadual trabalha de maneira integrada e constante para prevenir desastres provocados pelas fortes chuvas. “No primeiro ano, avançamos muito em limpeza de rios, córregos e canais. Em 2022, investimos em amparo social para as pessoas afetadas pelas tragédias. Nossa meta é começar 2023 com o fortalecimento da contenção das encostas, trabalho que sempre foi realizado com diligência e competência pelos nossos técnicos”, afirmou.
Em Petrópolis, serão atualizadas as 20 sirenes já existentes e instaladas mais 30. Angra dos Reis também terá 20 novas sirenes. Em Rio Claro, serão cinco novas sirenes e oito pluviômetros automáticos. Em Paraty, serão 11 novas sirenes e 11 pluviômetros; em Nova Friburgo, quatro sirenes. O valor estimado para implementação e manutenção, por um ano, é de R$ 11,1 milhões.
O secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, explicou que “mais do que atuar nas consequências das chuvas, o acompanhamento quinzenal feito pelo comitê ajudou na preparação, a fim de evitar problemas futuros. O comitê programou para 2003 uma ação maior e completa. Nesse grupo, além de mostrar o que cada pasta faz, estamos concentrando esforços para prevenir tragédias com gestão e responsabilidade. Um trabalho importante, que evita desperdícios de recursos e visa a segurança da população”, avaliou.
Simulação emergencial
A Defesa Civil planeja para novembro ações de simulação emergencial para a desocupação de escolas públicas, de comunidades vulneráveis, além do desenvolvimento de seminários e a criação de protocolos conjuntos com o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Infraestrutura. O objetivo é promover a autoproteção e despertar o conhecimento necessário para que a população fluminense saiba como agir a partir de cenários de desastre.
O secretário de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro informou que “estamos trabalhando constantemente para a reformulação e atualização do Plano de Contingência Estadual para Chuvas Intensas. São novos protocolos para padronização de planos municipais, redefinição de integração entre as agências, definição de padrões mínimos para resposta aos desastres, criação de índice para medir a capacidade municipal na gestão do risco de desastres para aprimorar o atendimento à população fluminense”.