Micro e pequenas empresas acumulam dívidas e acendem alerta no comércio de Petrópolis, aponta CDL

A inadimplência empresarial alcançou um patamar preocupante em 2024. Segundo o Indicador de Inadimplência da Serasa Experian divulgado nesta sexta-feira (31), 6,9 milhões de empresas encerraram o ano com débitos em atraso, o que representa 31,6% das companhias ativas no país. O setor de serviços foi o mais impactado, correspondendo a 55,3% dos negócios inadimplentes, seguido pelo comércio, com 35,4% – um dado que acende um alerta no setor varejista de Petrópolis.

De acordo com Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL), diversos fatores têm contribuído para esse cenário, especialmente entre micro e pequenos empreendedores. “A alta carga tributária, o custo crescente de insumos, aluguéis elevados e as taxas de juros dificultam a saúde financeira das empresas, especialmente as de menor porte, que têm menos margem para absorver oscilações econômicas”, explica.

Ainda segundo os dados da Serasa Experian, o endividamento do setor empresarial somou R$ 150,6 bilhões em dezembro de 2024, com uma média de R$ 21.678,1 em débitos por empresa. Os micro e pequenos negócios lideram entre os inadimplentes, totalizando 6,5 milhões de empresas com contas em atraso.

O impacto dessa inadimplência no comércio local é significativo. “O empresário acaba reduzindo investimentos, cortando postos de trabalho e comprometendo a qualidade do serviço prestado. A situação exige medidas urgentes para aliviar o peso sobre o setor, como programas de renegociação de dívidas e incentivos para reduzir a carga tributária sobre os pequenos negócios”, afirma Mohammad.

A CDL Petrópolis segue acompanhando o cenário econômico e reforça a importância de iniciativas que promovam a sustentabilidade financeira do comércio, essencial para a geração de empregos e o desenvolvimento econômico local. “O setor é um dos maiores empregadores da cidade, gerando renda e fazendo a economia girar. Acesso a crédito é importante, mas a sanidade financeira das empresas depende de tarifas mais justas”, completa Cláudio Mohammad.

Posts relacionados

Marcos do Val e Soraya Thronicke retiram candidatura ao Senado

Mostra sobre colonização germânica em Petrópolis já atraiu mais de 85 mil visitantes

MEC lança guias sobre uso de celulares em ambiente escolar