Por Carl O’Donnell – Repórter da Reuters – Washington
Um painel consultivo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, da sigla em inglês) dos Estados Unidos votou neste domingo (28) pela recomendação de uso amplo da vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19, o que representa a aprovação final, depois de o imunizante ter conseguido o aval pelos reguladores dos EUA no sábado (27).
As autoridades estaduais e locais de saúde pública usarão as orientações da FDA (agência federal dos EUA que supervisiona a qualidade de medicamentos a alimentos) e do CDC ao administrarem as primeiras 4 milhões de doses.
O governo federal, por meio do parceiro de distribuição McKesson Corp, planeja enviar as primeiras doses na noite deste domingo ou na manhã de segunda-feira (1°).
O Comitê Consultivo em Práticas de Imunização (CCPI) desempenhou um papel importante na orientação dos Estados sobre como alocar doses escassas, embora os próprios entes federativos tenham a palavra final na distribuição das injeções.
Estudos comparativos
Um dos membros do painel observou durante uma apresentação neste domingo que ainda não há estudos comparando a vacina da J&J diretamente com os imunizantes da Pfzier-BioNTech e da Moderna Inc (já aprovados), mas que todas as vacinas foram altamente eficazes na redução de hospitalizações e mortes.
O painelista também disse que não há dados suficientes para saber se a segurança ou eficácia das vacinas podem ser comprometidas por condições pré-existentes que afetem o sistema imunológico de uma pessoa.
Espera-se que o diretor do CDC aprove as recomendações do painel.
A vacina da J&J será a única de uma dose contra a covid-19 disponível nos Estados Unidos. Também é mais fácil de ser transportada e armazenada, pois pode ser mantida na geladeira em vez de freezer.
A J&J espera enviar mais de 20 milhões de doses até março e 100 milhões até meados do ano, o suficiente para vacinar quase um terço dos norte-americanos.