“Pandemia e o ofício do psicólogo” é tema de Live nesta sexta-feira, às17h

O isolamento social, a mudança na rotina e o medo do futuro, são alguns dos fatores que potencialmente podem prejudicar a saúde mental da população que está enfrentando a pandemia devido a Covid 19. Sabendo disso, a Estácio Petrópolis organizou a Semana da Psicologia Online, que vai trabalhar nas redes sociais (Instagram e Facebook) questões que envolvem esta temática até a próxima sexta-feira, dia 5, com a culminância de uma Live, às 17h, com o professor e psicoterapeuta Bruno Quintino de Oliveira, que abordará a dura realidade imposta nos dias atuais e como driblar os momentos de crise. A mediação será feita pelo coordenador do curso de jornalismo da Estácio Petrópolis, o professor Carlos Miranda. Ao longo da semana a coordenadora do curso de psicologia da unidade, professora Maira Allucham, informou que haverão postagens na página da Estácio Petrópolis com assuntos como saúde mental e luto na pandemia.

“Estamos vivendo um tempo de luto coletivo e com possíveis efeitos traumáticos ao nosso psiquismo. Estas sequelas já podem ser minimamente elaboradas para alguns sujeitos. Contudo, o tempo de cada um para digerir todos esses acontecimentos é sempre da ordem do singular”, explica Bruno Quintino.

Para ele, é fundamental pensar sobre algumas perguntas: “Como temos nos posicionado diante desses tempos de cólera? Se alienando dos fatos numa tentativa vã de que estamos imunes ao desconhecido? Haveria possibilidade disso? Estamos utilizando da angústia inerente ao mal-estar social como um motor de trabalho para o viver, falar e se escutar num processo de análise, por exemplo? Estamos cuidando da nossa saúde mental?”

O psicoterapeuta retoma Freud, o criador da psicanálise, para comentar sobre a atual situação.

“Os conflitos políticos, sociais e psíquicos, como Freud denominou de Narcisismo das pequenas diferenças, já estavam aqui, em nós, na relação que temos com o outro. Há um atravessamento do coletivo que nos circula e requer escuta, cuidado, posicionamento e ação. É tempo de nos movermos frente a estas questões que nos convocam a mudar de uma posição trágica para a criativa”.

O professor acredita que a quarentena possa ser utilizada como uma trégua bélica, um tempo de cuidados com a saúde, cultura e educação.

“Esse tripé pode nos salvar, não nos deixando mancos da ignorância ou da alienação, estando munidos, enfim, de boas ações coletivas”.

O psicanalista reforça a importância do cuidado com os desejos neste momento. “Estamos em isolamento social, contudo, nossas questões internas, como anseios e desejos não se isolam de nós. Estão aí, prontas para serem escutadas.”

Bruno reitera que um tratamento com psicólogo(a) pode ajudar a (re)contar a própria história.

“Se estamos vivenciando um tempo delicado como esse, nossa subjetividade deverá ser escutada e tratada também. É um tema sempre da ordem singular, do sujeito na sua relação com essa equação que jamais foi de exatas, mas humanamente pessoal”.

Para acompanhar os temas abordados e participar da Live, programada para o dia 5, sexta-feira, às 17h, basta acessar a página da Estácio Petrópolis no Instagram @estacio.petrópolis.

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