A mobilização empresarial por uma agenda de programas e intervenções físicas focadas em alavancar o desenvolvimento econômico de Petrópolis alcançou mais adesões e chegou à marca de 21 instituições – que representam mais de 100 mil pessoas ocupadas na cidade em vários setores – que se reúnem nesta sexta (14) com o governo do Estado para elaboração de uma pauta de trabalho. O encontro acontece às 11h, na Locanda Bela Vista, com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah e a subsecretária de Projetos Estratégicos da pasta, Fernanda Curdi, representando o governo do Estado, além de Júlio Andrade, presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado (Codin).
“Há todo um trabalho que precede esse encontro. Estivemos com cada umas das entidades para identificar os anseios mais imediatos e os mais viáveis de serem executados em um prazo razoável e que podem, de forma acelerada, contribuir com a estrutura necessária para que a cidade chegue a 2030 tendo dado um salto para o futuro”, explica o presidente da Câmara de Diretores Lojistas de Petrópolis, Cláudio Mohammad.
O governo do Estado foi identificado pelo programa Petrópolis 2030 como o agente público com mais condições em recursos e celeridade para atender os pleitos, além de ter condição política de pressionar pela execução daqueles que dependem do governo federal como a licitação da nova concessão da BR-040 e a construção da nova pista de subida da serra.
“Houve uma preocupação da viabilidade de execução. São todas propostas ‘pé no chão’ que podem ser realizadas. E também são programas estruturais, alguns que necessitam de intervenções físicas e outros, como a tecnologia no ensino médio nas escolas estaduais, que precisam de equipamentos e recursos humanos”, aponta Cláudio Mohammad.
A pauta de reivindicações será apresentada por setores: Transporte, Infraestrutura, Tecnologia, Defesa Civil, Segurança, Turismo, Eventos e Desenvolvimento Econômico. Destes segmentos são listados pleitos como a ligação Bingen-Quitandinha e a ligação ferroviária de 8 Km entre Vila Inhomirim (Magé) ao Alto da Serra (Petrópolis), para permitir a volta do trem Rio – Petrópolis. Também são reivindicadas a instalação de um Centro de Convenções multiuso, de porte médio e a formação de um corredor industrial na BR-040.
A presença do presidente da Codin, Júlio Andrade, no evento fortalece, de acordo com os empresários, a pavimentação do caminho para a atração de empresas para a cidade em um possível corredor industrial na BR-40, uma das propostas. A Codin é responsável pela administração de diversas áreas industriais, como a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de São Gonçalo, o Distrito Industrial de Queimados e a Área de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa. “Essa expertise e apoio vem ao encontro do que a cidade ambiciona”, defende o presidente da CDL.
Os setores também identificaram como essenciais a criação da Faculdade de Tecnologia e a inclusão de um curso de tecnologia (programação de computadores) no ensino médio em Petrópolis, além de uma campanha de divulgação de Petrópolis para consolidar o turismo e atrair investimentos. Há ainda pedidos específicos a concessionárias de serviços públicos como a melhoria do abastecimento de energia elétrica e a ampliação do fornecimento de gás natural encanado.
“A proposta é uma reunião dinâmica e o encaminhamento posterior dos pedidos nas pastas específicas da estrutura do governo estadual para que elas sejam acompanhadas por grupos de trabalhos que serão formados pelos empresários”, explica Cláudio Mohammad pontuando a necessidade de estabelecimento de prazos e a apresentação de projetos.
Petrópolis 2030 tem o peso de 21 entidades de setores produtivos
O programa Petrópolis 2030 têm representantes da Indústria (Firjan), Comércio (Sicomércio, Arte e CDL e Sindicato da Panificação), Construção Civil (Sindicato da Construção Civil), Confecção (Sindicato da Indústria de Confecção), Tecnologia (Serratec), Hotelaria (Petrópolis Convention, Sindicato da Indústria Hoteleira e ABIH-RJ), Eventos (AssociEventos) e Cervejaria (Associação de Microcervejarias de Petrópolis),
Também estarão neste encontro o MercoSerra, Associação de Guias de Turismo de Petrópolis, Associação Comercial e Empresarial de Petrópolis, Conselho Comunitário de Segurança, Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos e a Associação Petropolitana de Preservação Ferroviária.
“Nos últimos dias tivemos mais adesões como a ong NovAmosanta, que representa moradores, mas tem atuado em questões como a BR-040 e os sindicatos da Panificação e da Indústria de Bebidas também fortes setores na cidade. O que observamos é que estamos pactuando um movimento forte, com ampla participação e que está falando uma linguagem única: a do desenvolvimento da cidade”, analisa Claudio Mohammad.