A cultura mexicana volta a ser celebrada em Petrópolis. Neste sábado (29), a festa “Viva la Vida” será realizada das 11h às 20h nos jardins do Estácio de Sá, no Bingen. Em parceria com o Consulado Mexicano, o evento cresceu e vai contar ainda mais atrações que a última edição. Música temática, comidas típicas e palestra sobre a ‘Perspectiva cultural da morte’ compõem a programação do evento, que tem entrada gratuita.
A festa pelo ‘Día de los Muertos’ (Dia dos Mortos) é uma das principais do calendário mexicano. Segundo a tradição, entre a última semana de outubro e 2 de novembro, as almas dos entes queridos têm permissão de voltar ao convívio de seus familiares. Mas engana-se quem acredita que é uma data triste. Ao contrário, é uma valorização da vida e do momento presente.
“A festa, mais do que tudo, busca celebrar a vida e aproximar a cultura brasileira da mexicana. Trata-se de uma data linda onde aqueles que já partiram são lembrados e celebrados – uma forma de nunca esquecer do legado de entes queridos”, explica a historiadora e organizadora da festa, Rachel Wider, que também fica responsável pela palestra que acontece logo no início do evento.
A programação conta ainda com o grupo Trio Macarena, que vai fazer duas apresentações, às 14h30 e 16h30. E quem quiser entrar ainda mais no clima poderá fazer uma maquiagem temática, como uma profissional que estará no evento. Entre os quitutes, tacos, nachos, churros e muito mais. A estrutura do evento contará com uma grande tenda, barraquinhas de comida e bebida, palco e mesas e cadeiras para o público.
“A Universidade Estácio de Sá Petrópolis está de portas abertas para agregar e buscar parcerias que ofereçam conhecimento e cultura para a sociedade. A cultura tem um papel importante no processo de aprendizagem, pois ela permite não só a socialização, mas a discussão de diferentes saberes no ambiente escolar”, destaca Patricia Bach, diretora da Estácio Petrópolis.
Sobre a data
A história da celebração pelo Dia dos Mortos, no México, é de origem indígena e já existe desde o tempo dos astecas e dos maias. Trata-se de uma data comemorativa na qual é costume ir aos cemitérios visitar os túmulos dos entes queridos e preparar altares com alimentos, velas, flores e outros elementos. Diz-se que somente nesses dias as almas podem voltar do além para estar perto dos seus entes.
A festa é tão popular no México que, em 2003, foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Lá, a celebração pode durar até sete dias começando por volta do dia 26 de outubro e indo até 3 de novembro.
Seus símbolos mais tradicionais são o Altar de los Muertos, as Calaveras Dulces (caveiras de açúcar), os esqueletos com roupas e adereços, flores decorativas que representam a beleza e a transitoriedade da vida, e La Catrina – uma figura icônica que representa o esqueleto de uma dama da alta sociedade que veste um chapéu elegante e glamoroso.