A empresa Organosolo Biotecnologia Agroambiental, que produz adubo orgânico, pode ganhar um braço em Petrópolis, instalado no distrito industrial da Posse. A informação é do presidente da Câmara de Vereadores de Petrópolis, Hingo Hammes, que vem intermediando conversas entre representantes da empresa e do governo municipal desde o início do ano. A empresa, que hoje atua no Rio, recebe resíduos orgânicos de grandes indústrias, incluindo cervejarias e fábricas de refrigerantes, trata e utiliza o material na composição de adubo capaz de recuperar solo danificado, especialmente em áreas de produção agrícola.
Durante visita à empresa, em janeiro, o vereador Hingo Hammes se entusiasmou com o que viu. “É uma empresa 100% sustentável. Os resíduos de grandes empresas, que poderiam chegar ao meio ambiente em forma de poluentes, entram num processo que permite sua reutilização. Assim, o que provocaria danos passa a ser benéfico, retornando ao meio ambiente em forma de adubo. É um mecanismo fantástico!”, diz ele, que fez ao grupo a proposta de instalar um braço da empresa em Petrópolis.
“Temos grandes cervejarias e outras várias de menor porte, de pães, massas, bolos. São várias as indústrias que geram resíduos orgânicos. Mais do que garantir a correta destinação deste material, conseguiríamos trazer o que era “lixo” de volta ao meio ambiente, garantindo benefícios diretos à cidade”, explicou o vereador, lembrando que a proposta de instalar o galpão da empresa no distrito industrial da Posse surgiu em conversa com o governo municipal. A Prefeitura inclusive já sinalizou a possibilidade de cessão do terreno. “Petrópolis sem dúvida tem muito a ganhar com o projeto”, frisa.
Engenheiro agrônomo, o empresário José Luiz Natal Chaves diz que conhecer Petrópolis abriu uma série de possibilidades. “Já mantínhamos contatos em Teresópolis e, quando recebemos a visita do vereador Hingo Hammes, fomos apresentados a todo o potencial de Petrópolis. Trouxemos nosso produto para a cidade, para apresentar aos agricultores, e já estamos trabalhando também com empresas de jardinagem e paisagismo. Ver a aceitação do nosso adubo orgânico nos enche de alegria”, diz ele, confirmando a real possibilidade de a empresa vir para a Cidade Imperial.
Na Organosolo, o que mais chama atenção é o tratamento do resíduo, que impede o mau cheiro e evita danos ao solo. “Isso acontece porque o processo é 100% aeróbio, ou seja, o resíduo é movimentado permanentemente e tratado com coquetel de microrganismos que acelera e padroniza a decomposição da matéria orgânica. Combinado com resíduos vegetais, este material vira adubo orgânico, livre de patógenos e contaminantes. É o nutriente retirado originalmente do solo sendo devolvido, num ciclo 100% sustentável”, diz o empresário.
No Rio, a empresa recebe cerca 1.500 toneladas de resíduos por mês. “Estamos agora fazendo o levantamento para entender a quantidade de resíduos que poderá ser processada em Petrópolis. A chegada da empresa sem dúvida será um grande passo na questão ambiental em Petrópolis. Isso sem falar na geração de emprego e renda”, finalizou o vereador Hingo Hammes.