Na manhã desta sexta-feira (31), o prefeito Hingo Hammes participou, na sede do Serratec, no Quitandinha, do evento de assinatura, com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – TJRJ, do termo de doação de 500 computadores para projetos de tecnologia e impacto social em Petrópolis. Parte desses computadores serão destinados à estruturação de laboratórios de informática nas escolas públicas participantes do Meninas STEM – Petrópolis Tec Hub. Trata-se de um projeto de iniciação científica para estimular o ingresso e a permanência de meninas e mulheres nas áreas de Exatas (STEM é o acrônimo em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Coordenado pelo LNCC, Serratec, universidades e organizações sociais, o projeto é financiado pelo CNPq e conta com envolvimento do TJRJ e participação de escolas públicas municipais e estaduais, beneficiando 39 meninas estudantes, professoras, famílias e comunidade, principalmente do Quitandinha, que já é considerado “Bairro Tech”.
“Hoje damos um passo importante para fortalecer a educação e a tecnologia em nossa cidade. O Meninas STEM é um projeto que incentiva nossas jovens a explorarem áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática, quebrando barreiras e mostrando que elas podem sim liderar e inovar nesses campos”, destacou o prefeito Hingo Hammes.
Ao todo, serão 35 bolsas de iniciação científica júnior distribuídas para meninas do oitavo e nono ano do ensino fundamental e do ensino médio, da Escola Paroquial Bom Jesus, da Escola Municipal Governador Marcelo Alencar, do Colégio Estadual Princesa Isabel, dos cursos técnicos e superiores do Cefet e da Faeterj e também da UFF Petrópolis.
“É um projeto muito importante para romper com estigma. Estimular o aprendizado de forma lúdica e trazer outras perspectivas para essas meninas, caso elas tenham interesse em se profissionalizar nessas áreas. Além disso, conectar várias instituições em prol do mesmo objetivo. Em uma das escolas participantes, tem a frase ‘juntos somos mais fortes’ e esse é o espírito desse projeto”, ressaltou a coordenadora do projeto, Regina Almeida
A coordenadora ainda destacou a importância do apoio do poder público. “A gente vai contar nesse processo com as secretarias de Educação, Mulher e Desenvolvimento Econômico. O que mostra a importância da presença do poder público no desenvolvimento do ecossistema de inovação, da parceria para o desenvolvimento da sociedade de Petrópolis e de projetos sociais e de formação profissional como Meninas STEM”.
Além do apoio do TJRJ, o programa recebe financiamento do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
“Nós não estamos fazendo favor. Eu como presidente do Tribunal, chefe do poder judiciário, e o prefeito também, como chefe do executivo, exercemos esses cargos de gestão e temos esse dever de contribuir para o desenvolvimento da nossa sociedade, especialmente dessas meninas da rede pública de ensino de Petrópolis”, disse o presidente do TJRJ, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, que no evento recebeu ainda o título de cidadania petropolitana pelo “relevantes serviços prestados ao município”, homenagem oferecida pelos vereadores Júnior Coruja e Fred Procópio, hoje secretário de Governo e Planejamento da Prefeitura de Petrópolis.
O projeto terá duração de três anos, tendo iniciado oficialmente em novembro de 2024 e seguindo até novembro de 2027. “Buscamos a parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), porque eles já tinham o projeto Jovem Cientistas, com meninas dos bairros próximos, de iniciação científica de jovens pesquisadoras, para desenvolver o interesse pela pesquisa científica. Com base nisso buscamos esse apoio, assim como da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), da Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (FAETERJ) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Nesse projeto são contempladas ainda quatro bolsas para graduação e sete bolsas de nível técnico para professoras dessas escolas, além de bolsas para pós-graduação”, conta o presidente do Serratec, Gustavo Braz, uma das entidades executoras e articuladoras do projeto Meninas STEM.