Projeto cinematográfico em Petrópolis lança luz sobre inclusão e autonomia no pessoas com down

No dia 21 de março, o mundo celebra o Dia Mundial da Síndrome de Down, uma data que vai além de meramente marcar o calendário. É um momento de reflexão sobre a inclusão e a igualdade de oportunidades para as pessoas que vivem com essa condição genética. Em meio a essa reflexão, uma iniciativa especial na cidade de Petrópolis está prestes a lançar luz sobre esses temas de uma maneira única e significativa.

O projeto cinematográfico “Marcação Cerrada”, idealizado e dirigido por Rodolfo Medeiros, emerge como uma homenagem tangível ao Dia Mundial da Síndrome de Down. Este curta-metragem revisita questões cruciais sobre autonomia e inclusão que desafia os padrões sociais arraigados e os estereótipos que cercam essa comunidade.

A trama do filme mergulha na jornada de quatro amigos com síndrome de Down que, apesar de terem atingido a maioridade, encontram-se presos em uma bolha de superproteção criada por suas famílias. Um dos amigos nutre um simples, porém profundo desejo: assistir a uma partida de futebol no lendário estádio do Maracanã. No entanto, devido à superproteção familiar, esse desejo parece distante. Determinados a tornar o sonho do amigo uma realidade, os quatro jovens embarcam em uma jornada desafiadora em direção ao estádio, enfrentando uma série de obstáculos e adversidades no caminho.

Para Rodolfo Medeiros, diretor e defensor da educação inclusiva com mais de duas décadas de experiência, “Marcação Cerrada” vai além de contar uma história. Ele destaca a urgência de garantir o direito à autonomia e independência das pessoas com síndrome de Down e da igualdade de oportunidades independentemente de suas condições genéticas ou circunstâncias de vida.

“O filme desafia estereótipos e preconceitos, evidenciando a capacidade desses indivíduos de superar desafios e viver de forma mais independente quando lhes são dadas oportunidades adequadas”, enfatiza o diretor.

O elenco do curta-metragem é composto por artistas com síndrome de Down, integrantes da Cia. Somos 21 e do Projeto Andorinhas, com um elenco de apoio formado por atores com deficiência (PcD). As filmagens serão realizadas em locações em Petrópolis e no Rio de Janeiro, destacando a beleza e diversidade dessas cidades brasileiras.

Além da produção do filme, o projeto inclui a realização de dez sessões de debates com o diretor, elenco e especialistas em escolas municipais de Petrópolis, bem como uma pré-estreia em um cinema local. Essas atividades visam promover uma reflexão profunda sobre a importância da inclusão.

O compromisso com a inclusão é uma constante na carreira de Rodolfo Medeiros, que dirige a Cia. Somos 21, composta por talentosos atores com síndrome de Down. O projeto “Marcação Cerrada” foi contemplado por meio da Lei Federal Paulo Gustavo de incentivo à cultura, demonstrando o reconhecimento do valor artístico e social dessa iniciativa.

Rodolfo Medeiros, além de ser ator, diretor, produtor e professor de teatro, é também o diretor artístico do INADH – Instituto Nacional do Desenvolvimento Humano. Sua carreira inclui a direção de documentários, curtas e longas-metragens, e ele recebeu diversos prêmios, incluindo reconhecimento por seu compromisso com a inclusão.

O lançamento de “Marcação Cerrada”, previsto para novembro de 2024, promete ser um marco na luta por uma sociedade mais inclusiva e empática.

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