Sepol realiza operação para prender organização criminosa por estelionato e lavagem de dinheiro em Itaipava

A Secretaria de Estado de Polícia Civil, por meio da 106ª DP (Itaipava), em ação conjunta com o Ministério Público Estadual, realiza, na manhã desta terça-feira (18/02), uma operação para cumprir cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão contra uma organização criminosa que pratica estelionatos e lavagem de dinheiro. O grupo é acusado de se alternar na direção do Lage Country Club, localizado no distrito de Itaipava, na Região Serrana do Rio, de onde praticavam crimes como estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. A ação ocorre em Itaipava e em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

A investigação apontou que quase metade dos sócios realizaram denúncias contra o grupo, que se recusava em prestar contas da situação financeira do clube. Pelas regras estatutárias do Lage Country Club, as contribuições dos sócios, doações, juros, renda da venda de materiais e da exploração dos serviços contratados, além de outras receitas eventuais, eram de propriedade da associação. Entretanto, a organização criminosa usava o dinheiro para interesses próprios.

Ainda segundo o apurado, apenas um dos sócios investigados chegou a movimentar na conta pessoal dele aproximadamente R$ 4 milhões. Na conta bancária da quadrilha foram encontrados depósitos de cerca de R$ 198 mil oriundos do Lage Country Club e saques no total de R$ 1 milhão da conta do clube.

Entenda o esquema:
Para se manter sempre na diretoria do clube, o grupo elegia, em assembleia, integrantes do conselho deliberativo que não haviam se candidatado ou que já não eram mais sócios, sem que as pessoas eleitas soubessem, funcionando como uma espécie de “laranjas”. Os cargos eram importantes para eles porque, dessa forma, podiam se eleger e, em seguida, aprovar suas contas sem que houvesse questionamentos.

Os crimes praticados:
O grupo buscava se manter na direção do clube e obter vantagem, induzindo outros sócios a acreditarem que estavam agindo de forma lícita. Os criminosos mantinham registros de pagamentos de funcionários que nunca trabalharam no Lage, mas que prestavam serviços particulares aos fraudadores. Além disso, os investigados tinham plano de saúde bancado pela verba da associação e adquiriam bens de luxo. Outro crime praticado pelo bando foi a apropriação do dinheiro da venda de um imóvel pertencente ao Lage, bem como a renda do aluguel das instalações do estabelecimento.

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