Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
A petroleira Eneva iniciou nesta semana a perfuração do poço 1-ENV-13-MA, o primeiro dos seis blocos arrematados na Bacia do Parnaíba (MA) no 1º Ciclo Licitatório da Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em setembro do ano passado. O poço está localizado no bloco exploratório PN-T-68, no município maranhense de Capinzal do Norte.
A previsão da empresa é perfurar até o final deste ano outros poços em blocos adquiridos na oferta permanente, considerando o cronograma de exploração no entorno dos campos já declarados comerciais na bacia. Para a compra dos seis blocos arrematados no 1º Ciclo de Oferta Permanente, a Eneva pagou, em bônus de assinatura à ANP, o valor de R$ 3,5 milhões. A empresa é a única com ativos em operação comercial na Bacia do Parnaíba e detém 18 dos 19 contratos de concessão.
Desde dezembro do ano passado, a companhia está fazendo campanha de aquisição sísmica 2D de cinco mil quilômetros de extensão, envolvendo ativos de diversas rodadas licitatórias.
Atualmente, a petroleira tem área exploratória acima de 45 mil km² e nove campos de gás natural declarados comerciais na Bacia do Parnaíba, dos quais cinco estão em produção e quatro em desenvolvimento, somando capacidade de produção de 8,4 milhões de m3 de gás natural por dia, responsáveis pela geração de 1.4 Gigawatt (GW) no Complexo Parnaíba.
Gás natural
A Eneva é a maior operadora privada de gás natural onshore (em terra) do país. Seus ativos de exploração e produção se situam nos estados do Amazonas e Maranhão. A empresa se destaca pela adoção do modelo de negócio R2W (do nome em inglês reservoir to wire), que faz a integração dos setores de gás natural e energia elétrica. O modelo consiste em tirar o gás natural do poço, transportá-lo via gasoduto para usinas térmicas localizadas próximo aos poços produtores. As térmicas, por sua vez, jogam a energia para linha de transmissão situada também nas proximidades do mesmo espaço físico.
A empresa responde por 46% da capacidade instalada de geração térmica do subsistema Norte e por 11% da capacidade instalada de geração a gás do país.