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Bloco “Pé na Jaca” inaugura Carnaval da Estação Jaqueira com festa democrática e sustentável em Petrópolis

A Estação Jaqueira dá início ao Carnaval de Petrópolis com o bloco “Pé na Jaca”, trazendo uma festa democrática, diversa e alinhada com a sustentabilidade. A primeira edição será realizada no sábado, 22 de fevereiro, a partir das 14h, com acesso exclusivo para quem adquirir a camiseta oficial do bloco.

As camisetas, que custam R$ 50,00, garantem a participação na folia e dão direito a uma feijoada especial (bebidas à parte). As reservas podem ser feitas pelo telefone (21) 97205-2041, e a retirada acontece na sexta-feira, 21 de fevereiro, a partir das 18h. Além da camiseta, os participantes são convidados a complementar o look com adereços feitos à mão e inspirados na fauna e flora, reforçando a proposta do bloco.

O evento pretende firmar a Estação Jaqueira no calendário cultural de Petrópolis, aliando a celebração do Carnaval à valorização da diversidade e à conscientização ambiental. A escolha do local reforça a importância da iniciativa, já que a região foi uma das mais afetadas pela tragédia de 2011.

O bloco é assinado por Carlos Feijó, artista plástico e pesquisador do Carnaval e das manifestações culturais dos anos 80. Feijó já expôs no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, e no Museu das Máscaras, na Bélgica, além de ser autor do livro “Artesãos da Sapucaí”, que documenta a trajetória dos mais representativos artesãos do Carnaval, responsáveis pelas diversas categorias de trabalho nas escolas de samba. “A Jaqueira já tem essa preocupação ambiental, e eu quis trazer isso para o Carnaval com adereços inspirados na fauna e flora, inserindo o bloco no calendário da cidade. É um recado. No Rio, as demandas dos blocos são outras, mas aqui, pela área devastada em que estamos, é muito pertinente termos esse viés”, ressalta Feijó.

A identidade visual do bloco ficou a cargo do ilustrador João Vitor do Prado, jovem morador do Vale do Cuiabá e integrante da Cerâmica Luiz Salvador, que transita entre o graffiti, a ilustração digital e a cerâmica. “Quis representar o espaço de forma descontraída, utilizando a expressão bastante conhecida, ‘pé na jaca’, além de cores vibrantes para simbolizar o Carnaval”, explica.

A festa contará com a participação especial da cantora performática, compositora, atriz e psicanalista Numa Ciro, conhecida por seus “monólogos cantantes” e pelo álbum Numa (2020), produzido por Lan Lanh. Durante o evento, ela interpretará alguns frevos de sua autoria. 

“Vou contemplar a Estação Jaqueira e tudo o que envolve este significante: a jaqueira: a força da árvore, sua resiliência, resistência, beleza e a dádiva de nos fornecer um fruto maravilhoso. Além disso, a terra, a água, as pessoas, os brincantes, a música e a poesia estarão representados”, comenta a artista de Campina Grande, Paraíba, e moradora do Rio.

O evento também terá a presença do grupo Quilosamba, formado por músicos do Quilombo da Tapera. O coletivo, que representa a resistência cultural da comunidade quilombola local, conduzirá a roda de samba. “É muito importante destacar essa conexão com o Quilombo, porque o samba nasce da resistência. Estamos trazendo um grupo jovem e talentoso, formado por integrantes da região”, ressalta Feijó.

Além disso, o público é convidado a participar ativamente: músicos e amantes do samba podem levar seus instrumentos e integrar a roda. 

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