Cidade Últimas Notícias

Brincadeiras educativas e o estímulo à leitura auxiliam no desenvolvimento cognitivo das crianças

Uma das datas mais esperadas pelos pequenos está chegando. Entre papéis coloridos e muita diversão, é exatamente neste feriado, e Dia das Crianças, que os pais aproveitam para presentear os filhos e passar momentos agradáveis de interação. Para incentivar a criatividade e fugir um pouco dos jogos eletrônicos, que tal propor brincadeiras em que as crianças fiquem livres para inventar e estipular as regras?

Não, não é preciso gastar muito para promover um Dia das Crianças diferente com os filhos em casa. Basta abusar da criatividade e seguir algumas dicas separadas pela psicóloga e psicopedagoga do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, Ana Helena Tibiriçá Ramos Goldestein.

“É possível confeccionar brinquedos utilizando sucata, como tampas, jornal, garrafas, latas e rolinho de papel higiênico. Quantas vezes nós somos surpreendidos com crianças que ao receberem um presente se encantam mais com a embalagem do que com o próprio brinquedo? Enfim, é preciso que os adultos ofereçam brincadeiras que estimulem a criatividade. Dessa forma, as crianças vão aprender a encontrar soluções inovadoras para as situações que a vida vai apresentar em todas as áreas, ao longo da vida”, destaca a psicopedagoga da UNIFASE.

A psicóloga explica que não existe idade determinada para que a criança comece a ser estimulada a aprender a contar, ler e escrever. Cada uma tem seu ritmo, que depende da interação com o mundo que a cerca. Nos anos iniciais da educação infantil, o desenvolvimento dos pequenos se dá através de diversos estímulos, pois eles exploram o mundo através do tato, das formas e cores, da música, e também começam o processo de socialização, relacionando-se com amigos e adultos.

“Todos os estímulos à criatividade e ao desenvolvimento social são importantes para que, quando chegar a hora de começar a alfabetização, o aprendizado aconteça de forma mais natural, sem grandes dificuldades. Para escrever, por exemplo, as crianças precisam desenvolver as habilidades psicomotoras, pois precisam ter a coordenação motora fina, movimento de pinça e lateralidade desenvolvidos, ou seja, a criança deve rabiscar muito, antes de chegar ao movimento de escrita. As atividades de ler, contar e escrever devem ser divertidas e significativas para que a criança tenha interesse em aprender. Enquanto isso, desenhos, folhas em branco e lápis de colorir devem ser oferecidos para diversão”, frisa Ana Helena Tibiriçá Ramos Goldestein.

Os pais também devem investir na contação de histórias, pois ajuda a ampliar o entendimento de mundo das crianças. Através do processo de leitura, as crianças têm acesso a diversas realidades, oportunizando aprender sobre outras culturas e costumes.

“Contar histórias para as crianças é importante, pois desenvolve diversas habilidades linguísticas, como vocabulário, ortografia e gramática. Além disso, estimula a  imaginação, a criatividade e a emoção. Vivencia os sentimentos dos personagens  e, ao se colocar no lugar deles, estará desenvolvendo a empatia, assim como  a concentração, ao prestar atenção na narrativa. Cada fase do desenvolvimento infantil possui um tipo de aprendizado e de habilidades que a criança já domina, por isso, deve se ficar atento aos livros indicados para cada faixa etária do desenvolvimento da criança, para que ela se mantenha desafiada, estimulada e motivada a continuar se dedicando aos livros. Usar livros próprios para a hora do banho também é uma maneira divertida de incentivar a prática da leitura e pode auxiliar na aquisição de hábitos de higiene de forma lúdica”, destaca Goldestein.

Neste período de pandemia, muitas famílias estão em casa, todos juntos nos mesmos ambientes, o que pode desgastar o convívio e a relação entre as pessoas. Os pais precisam trabalhar, as tarefas do lar continuam, e as crianças estão sem ir para as escolas. O que fazer? O importante é manter a qualidade da convivência e não a quantidade de horas disponíveis. A frase, atribuída a Albert Einstein: “O brincar é a mais alta forma de pesquisa”, mostra o quanto um dos cientistas mais conhecidos e respeitados do mundo valorizava as brincadeiras.

“É através da brincadeira e da interação com o meio que a criança adquire conhecimento. Quando a brincadeira é em grupo, facilita o convívio social, ajudando os pequenos a entender as regras e os limites das relações, além de fortalecer os vínculos. Brincar é essencial para uma criança entender o mundo que a cerca. Os pais devem disponibilizar o espaço de brincar para as crianças e aproveitar esses momentos com os filhos, pois esse gesto de carinho ajuda a desenvolver a capacidade das crianças em pensar e compreender o mundo à sua volta, além de reforçar os vínculos de amor”, finaliza.

Related posts

Fabricante dará prioridade da vacina contra dengue ao SUS

admin

Relator da reforma tributária no Senado descarta fatiamento

admin

Covid-19: Brasil registra 22 mortes e 3,4 mil novos casos em 24 horas

admin

Deixe um comentário