A Câmara Municipal realizou, na noite de terça-feira (07), uma audiência pública para debater a prestação do serviço de fornecimento de energia elétrica pela Enel. A reunião foi presidida pelo vereador Octavio Sampaio e contou com a participação dos vereadores Dr. Mauro Peralta, Domingos Protetor, Hingo Hammes, Junior Paixão e Julia Casamasso. Também estavam presentes Dr. Paulo Magno, do Lions Club Quitandinha, Charles Rossi, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ramon Guimarães, diretor do Petrópolis Convention Bureau e Wallace Pomim, da Comunidade do Sião.
Octavio iniciou a audiência informando que a Enel entrou em contato para comunicar a impossibilidade de comparecimento à reunião. “Começamos os trâmites dessa audiência ainda no sábado de carnaval. Apesar da antecedência, recebemos um email da Enel dizendo que não poderiam comparecer hoje, mas colocando-se à disposição para virem no dia 22 de março. Então, registro que essa audiência inicia hoje, mas que voltaremos nesse mesmo plenário no dia 22 às 19 horas para os devidos esclarecimentos da empresa”, explicou Octavio.
Para o Vereador Dr. Mauro são muitas as perguntas que deverão ser feitas à Enel. “Precisamos saber se Petrópolis tem carga para o crescimento das indústrias, se é o aquecimento da cidade que tem causados esses apagões, por que os novos empreendimentos demoram tanto para receber a ligação da Enel, quantas equipes para poda e para manutenção a empresa tem, se essas as equipes ficam em Petrópolis ou em outras cidades e ainda quanto ela gasta com funcionários”, questionou Peralta.
Para Charles Rossi (CDL), o fornecimento de energia é um dos assuntos mais importantes para se tratar em Petrópolis atualmente, pois não são apenas problemas pontuais e sim, de questões que envolvem toda a economia da cidade. “Temos dois grandes entraves para geração de emprego e renda em nossa cidade: a subida da serra e energia elétrica. As empresas não querem investir aqui enquanto for difícil para escoar a produção e não podem crescer por conta das recorrentes quedas de energia”, explicou Rossi.
Ramon Guimarães do Petrópolis Convention Bureau destacou que pousadas no Brejal ficaram até 120 horas sem energia elétrica. “Uma cidade que tem o turismo como um dos pilares, não pode passar por esse tipo de situação”. Ramon lembrou também da questão das podas das árvores. “Temos podas solicitadas desde abril do ano passado e que ainda não foram realizadas”, ressaltou Ramon.
Representantes de comunidades de Petrópolis também participaram da audiência e relataram os problemas dos bairros. Wallace Pomim, da Comunidade do Sião, contou que havia uma marreta sendo usada como um separador de fios. Já em outro momento, quando a troca de uma fiação foi solicitada, o reparo foi feito no local errado, com a situação persistindo até hoje. “Temos problemas recorrentes de queima de aparelhos em nossas casas. Meu interfone simplesmente derreteu”, destacou Wallace.