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Edital “100 anos de Darcy Ribeiro” divulga resultado e abre exposição na Biblioteca Parque Estadual

O resultado do edital “100 Anos Darcy Ribeiro” foi divulgado nesta segunda-feira (23), durante cerimônia realizada na Biblioteca Parque Estadual (BPE), no Centro do Rio, premiando cinco propostas com o valor de R$ 50 mil cada. O evento contou ainda com a inauguração oficial da exposição sobre o centenário do antropólogo, educador e indigenista brasileiro, que ficará aberta para visitação até o dia 3 de março.

– Esse projeto contempla diversas vertentes, fomentando a economia criativa através do edital, e homenageando um grande personagem brasileiro com a exposição. Os visitantes vão poder vivenciar um pouco da importância de um dos nossos maiores referenciais, que é o Darcy, uma pessoa que empoderou a cultura indígena e negra em todo o país. O edital é um reforço que potencializa e celebra o legado deste grande brasileiro – , destaca a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.

Ao todo, o júri recebeu e avaliou 191 propostas criativas de produtores culturais fluminenses, todas envolvendo a figura, a vida e a obra de Darcy. A representatividade foi um dos critérios utilizados no processo de seleção e refletiu no perfil dos candidatos às vagas, uma vez que 94,2% dos projetos inscritos contavam com mulheres; 78%, com negros; 61,3%, com representantes LGBTQIA+; e 15,7%, com pessoas com deficiência. Outros 42 tinham indígenas dentro de sua equipe.

– A avaliação e análise das propostas foi uma tarefa árdua, ao mesmo tempo emocionante e muito recompensadora. Só de perceber o quanto este edital estimulou fazedores de cultura de todos os cantos do Estado do Rio de Janeiro a pensarem projetos envolvendo Darcy Ribeiro, pesquisando a sua obra, ressaltando seus feitos e enaltecendo suas ideias e pensamentos, já começamos a nos sentir com o dever cumprido com relação aos objetivos que nos propusemos dentro do nosso projeto cultural -, afirma Julio Zucca, coprodutor do edital e da exposição.

Um dos cinco projetos contemplados foi o espetáculo teatral “Cartas de Darcy”, do grupo Poeira da História. Na peça, Darcy acorda de um sono profundo e se pergunta: “Em que ano estamos?”. Ao se deparar com as informações, ele precisa lidar com um novo país e decide escrever cartas ao Brasil de hoje.

-As reuniões do Poeira da História, que começaram há quatro anos de forma on-line, agora se transformaram em ativações e apresentações presenciais, unindo história e teatro. Poder ter o nosso trabalho reconhecido, ainda mais em um projeto em homenagem a um nome como Darcy, é uma honra muito grande -, ressalta Max Oliveira, diretor e intérprete de Darcy na peça.

Os outros projetos vencedores foram “Cortejo Favela – Os Brasis de Darcy”, “Darcy Ribeiro do Brasil – Um Documento Narrado”, “Mural Darcy Ribeiro e o Povo Brasileiro” e “O Brasil de Darcy Ribeiro para Crianças”. 

O conjunto de ações, incluindo edital e exposição, está sendo realizado pela Muriqui Cultural, em coprodução com a Zucca Produções, apoio do Oi Futuro e patrocínio da Oi, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Nova exposição apresenta cronologia de Darcy

A exposição “100 anos Darcy Ribeiro” ficará em cartaz de 23 de janeiro a 3 de março, na Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj), que fica no segundo andar da Biblioteca Parque Estadual, em uma instalação inédita que foi criada por Matheus Amorim e incorporada às festividades em torno do polivalente Darcy. Em formato circular e com 24 quadros, a estrutura de ferro receberá uma linha do tempo cronológica com texto biográfico e fotografias de momentos de destaque na trajetória do homenageado. Uma TV transmitirá extratos do Quarup, uma homenagem indígena póstuma recebida por Darcy, com curadoria de Milton Guran, o criador e responsável pelo FotoRio, maior evento de fotografia da cidade desde 2003. A entrada é gratuita.

– Procurei estudar como fazer uma arquitetura que destacasse e unisse o caráter didático de Darcy dentro de um projeto arquitetônico. Foi assim que surgiu a ideia da galeria em homenagem. Em conjunto com a Hélice, a empresa parceira que construiu a obra, imaginamos um projeto que deixasse claro ao público, de forma quase pedagógica, como ela foi feita. Ao circular a estrutura, o público observará desde como ela se prende à viga até como ela é tensionada pelo peso de concreto, não escondendo a forma em que foi feita. A parte expositiva em si é um grande suporte de chapa perfurada onde os quadros são facilmente aparafusados e podem ganhar a conformação que o expositor achar melhor -, explica Matheus Amorim, arquiteto e colaborador do AIA Estúdio.

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