A audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Petrópolis para discutir cobranças indevidas das concessionárias de luz e água a moradores de áreas interditadas após as chuvas de 2022, na noite de terça-feira (1º de agosto), pode garantir a solução do problema. Representantes da Enel e da Águas do Imperador participaram do encontro e se comprometeram a rever as cobranças e também ressarcir qualquer pagamento indevido. A Câmara também terá um grupo de trabalho que fará, junto de equipe técnica das empresas, vistorias in loco para avaliar os casos nos quais ainda restarem dúvidas sobre as cobranças.
A audiência foi aberta pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Júnior Coruja, e foi conduzida pelo vereador Léo França, que solicitou o encontro. Também participaram os vereadores Mauro Peralta, Gil Magno e Júlia Casamasso.
“A Câmara Municipal representa a população. Nosso objetivo é que o problema seja sanado. É absurdo que, mais de um ano após a tragédia, os moradores ainda enfrentem esse tipo de problema. São pessoas que já sofreram inúmeras perdas e deveriam estar focadas exclusivamente na reconstrução de suas vidas”, lamentou Júnior Coruja, cobrando, também, a instalação de um posto de atendimento da Enel no distrito de Itaipava. “Já fizemos a indicação e esperamos que a empresa garanta essa estrutura tão importante para a população dos distritos”. O presidente da Câmara também lembrou que já convocou audiência pública, a ser realizada em setembro, para cobrar da Enel o plano de atendimento para o verão.
O vereador Léo França explicou que moradores de áreas interditadas têm tido dificuldades para resolver o problema. “Vínhamos recebendo várias reclamações de moradores de áreas interditadas, especialmente da 24 de Maio, 1º de Maio e de áreas do entorno. Mesmo após a tragédia, muitos continuaram recebendo as contas e não conseguiram resolver a questão junto às concessionárias. Já temos um relatório com informações de todos os moradores que nos procuraram e nos colocamos à disposição de outros, que possam estar enfrentando o mesmo problema. Propusemos na audiência a criação de um grupo de trabalho para que possamos vistorias as comunidades junto de técnicos das empresas e acabar com essas cobranças o mais rapidamente possível”, explicou.
A intenção é que as vistorias comecem já na próxima semana.