Os Centros de Assistência Social (CRAS) do município foram reativados e retornaram com as orientações e atendimento da demanda reprimida que surgiu em consequência da chuva de 15 de fevereiro. As unidades atendem aos desabrigados e desalojados em oito pontos da cidade.
“No primeiro momento tivemos que manter as unidades fechadas para avaliação da Defesa Civil. Os CRAS ficam localizados em comunidades que foram afetadas pela chuva forte de alguma maneira. Era necessário garantir a segurança do público que ia acessar o espaço e das equipes”, explica Fernando Araújo, secretário de Assistência Social.
Enquanto as unidades eram vistoriadas, o atendimento às demandas nos pontos de abrigamento era feito por equipes da Secretaria com Assistente Social, Orientador Social, e Psicólogos. Nos locais, os profissionais faziam o primeiro atendimento cadastrando as pessoas e observando as necessidades de cada núcleo familiar.
“Estivemos em todos os pontos de apoio para o cadastro dessas famílias. O serviço foi feito manualmente, pois a tragédia também afetou nossos equipamentos. O importante naquele momento era realizar os registros daquelas famílias para garantir o acesso aos serviços que têm direito. Agora vamos qualificar e analisar todos os dados”, pontua o secretário.
Não posso voltar para casa, o que devo fazer?
As pessoas que estavam nos pontos de abrigamento oficiais e comunitários foram cadastradas pelas equipes da Secretaria de Assistência Social que prestavam o serviço de maneira itinerante nos abrigos. Essas famílias foram cadastradas através da ficha de atendimento emergencial que já era praticada em Petrópolis, devido a atuação em outras situações envolvendo desastres. “Essas pessoas já estão com o direito ao Aluguel Social, por exemplo, assegurado pelo Município e pelo Estado nesse primeiro momento. Atuamos no momento de tensão e para garantir o atendimento. Agora vamos afinar o serviço”, explica Fernando.
O decreto municipal N.º 041 de 24 de fevereiro de 2022, norteia as ações para a concessão do Aluguel Social no valor de R$1.000 (R$800 pagos pelo Estado e complemento de R$200 pelo município). O documento desobriga, por 90 dias, o cadastramento no CadÚnico e por 60 dias a apresentação do laudo da Defesa Civil. Esses documentos serão solicitados ao final dos prazos.
Uma força tarefa foi montada para agilizar a assinatura dos contratos de aluguel para que as famílias que estão nos abrigos encontrem um imóvel. Até esta quinta-feira (10), 172 contratos formalizados estavam na sala da Procuradoria-Geral do Município.
Estou desalojado, o que devo fazer?
Os desalojados foram cadastrados pelo Estado no Colégio Estadual Rui Barbosa ou no Colégio Estadual Princesa Isabel. O município também realizou alguns cadastros. As pessoas que não fizeram esse cadastramento devem procurar uma das unidades dos Centros de Atendimento em Assistência Social (CRAS) para referenciamento. “Importante frisar que todos os cadastrados passarão por análise criteriosa, com confronto de dados, incluindo composição familiar original antes da tragédia”, pontua o secretário.
CRAS em funcionamento:
- Centro – Av. Dom Pedro I, 340 – 7h às 20h
- Alto Independência – Rua José Lino Pai, ao lado da UBS – 9h às 17h
- Quitandinha – Avenida Ayrton Senna, próximo ao 545 (pórtico) – 9h às 17h
- Carangola – Rua Waldemar Vieira Afonso, 19 – 9h às 17h
- Corrêas – Rua Vigário Corrêa, 443 – 9h às 17h
- Itaipava – Estrada União e Indústria, 11.860 – 9h às 17h
- Madame Machado – Rua Geraldo Lourenço Dias, s/n – 9h às 17h
- Posse – Estrada União e Indústria, ao lado do Ciep – 9h às 17h