Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostraram que mais de 66 mil pessoas foram diagnosticadas com o câncer de mama em 2021. Neste Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o diagnóstico precoce da doença, o Centro de Terapia Oncológica (CTO) de Petrópolis destaca também como funciona o tratamento do câncer de mama, que envolve uma área multissetorial.
Após o diagnóstico da doença, além do médico e psicólogo, a enfermagem também tem um papel fundamental. “A equipe de enfermagem é que acolhe esse paciente quando ele entra na sala de quimioterapia. O enfermeiro instrui sobre sinais e sintomas, explica os efeitos colaterais, os cuidados que aquele paciente deverá ter a partir daquele momento na vida social, em relação à imunidade, a vômitos, queda de cabelo, atividade sexual, gestação, hidratação, os cuidados de rotina que ele precisará ter”, explica a enfermeira Diulian Soares do CTO.
De acordo com a enfermeira, muitos pacientes quando chegam para o tratamento questionam se vão fazer a quimioterapia branca ou a vermelha. Ela explica que cada uma é referente a um perfil toxicológico e que a diferença é que uma causa uma queda de cabelo mais rápida, um pouco de náusea e vômitos, enquanto a outra provoca mais cansaço e dormência nas mãos e nos pés.
Também enfermeira do CTO, Crislaine Ucceli Costa destaca que é comum que os pacientes cheguem cheios de dúvidas e incertezas. “A gente tenta minimizar as ansiedades, explicando como vai ser feito esse tratamento, o que é a quimioterapia – um tratamento onde a gente vai puncionar a veia do paciente em um dos braços em um acesso que seja seguro e vai infundir determinadas medicações, entre elas a quimioterapia”, explica.
Segundo Crislaine, o desafio da enfermagem é oferecer a melhor assistência, o melhor apoio para os pacientes. “A gente sabe que é um tratamento difícil, longo, então surgem diversas questões tanto de efeitos colaterais como sociais. A gente tenta dar esse apoio em todos os âmbitos dentro da nossa capacidade”, afirma.Dentro da campanha do Outubro Rosa, Crislaine destaca que a prevenção é fundamental. “Durante todo este mês, reforçamos a importância do diagnóstico precoce, de fazer o autoexame, se conhecer, porque quando a gente descobre a doença em fase inicial as chances de cura são bem maiores”, conclui a enfermeira.
