Encontrar formas de acelerar a análise de projetos imobiliários, para aquecer o setor da construção civil e, consequentemente, gerar empregos e renda em Petrópolis. Esse foi o objetivo de um encontro da prefeitura com um grupo de empreendedores realizado na tarde desta terça-feira (14.04). A Secretaria de Obras busca destravar projetos de quase 10 mil unidades habitacionais, que podem gerar até 15 mil empregos diretos e representar investimentos de R$ 1,5 bilhão em Petrópolis.
“Esse é um assunto que é tratado há bastante tempo internamente na prefeitura porque o setor da construção civil gera muitos empregos e, por consequência, renda para a população. Nesse momento em que a gente precisa pensar em caminhos para a questão dos empregos, discutir formas de impulsionar esse setor é extremamente importante. Por isso que estamos acelerando os passos nessa discussão, apresentando o que a prefeitura tem e ouvindo as demandas das empresas para que a gente chegue a um ponto comum”, destaca o prefeito Bernardo Rossi.
Um dos pontos debatidos na reunião é implantação de sistemas modernos para auxiliar os técnicos da prefeitura a fazer a análise e a adequação dos projetos aos parâmetros estabelecidos em lei de forma online. A intenção é iniciar a implantação desse sistema em poucas semanas.
Outra proposta apresentada pelo secretário de Obras, Ernane Dias, é transferir para os responsáveis técnicos dos projetos (arquitetos e engenheiros), a garantia de atendimento legal de detalhes desses empreendimentos – como, por exemplo, tamanho portas e janelas, largura de corredores, entre outros aspectos. O município continuará responsável por verificar pontos como afastamentos, índice de aproveitamento do terreno, viabilidade de sistemas de água, esgoto e luz, bem como continuar com a fiscalização sobre a execução das obras.
“Nós queremos encurtar o caminho até a simples aprovação, que é uma das etapas do projeto. Hoje, até a simples aprovação, são quase seis meses até o fim da análise. Depois disso ainda vai vir a etapa de apresentação de projetos complementares, como a movimentação de terra, sistemas de drenagem, entre outros, além da anuência dos órgãos ambientais e de patrimônio histórico. Por isso que um projeto, atualmente, leva de dois a dois anos e meio até ser totalmente aprovado. Queremos reduzir isso pela metade em um curto prazo”, explica o secretário de Obras.
Um dos participantes da reunião, Guilherme Lima, da construtora Engeprat, concorda que a proposta de passar a responsabilidade de detalhes técnicos do projeto para arquitetos e engenheiros “tira a responsabilidade unilateral” pela aprovação de um empreendimento. Paulo Lírio, da construtora Nurra, disse que o encontro desta terça-feira mostra que “essa gestão tem uma visão de, além de reunir, ter uma sinergia de tentar encontrar a solução para desenvolver a análise dos projetos”.
“Nós estamos em um momento de notícias ruins e reunimos os empreendedores para fazer um movimento contrário, de gerar boas notícias. E queremos fazer um movimento de encurtar esses prazos de análise dos projetos. A prefeitura perde muito tempo com a gente e a gente perde muito tempo com eles. Queremos aumentar a produtividade e apresentar ideias”, afirmou Osmar Félix, da construtora Solidum.
Também participaram representantes das construtoras Sola, Transborguini e BRZ.