Desde o início da pandemia da Covid-19, o Procon municipal vem atuando em defesa dos consumidores, que tem enfrentado problemas com a prestação de serviços dos Correios. Além de protocolar mais de 500 reclamações de atrasos nas entregas – o que resultou e uma multa de mais de meio milhão de reais, o órgão de defesa do consumidor ainda autuou a empresa pública pela interrupção do serviço essencial nas agências de Correas, Itaipava e Posse e também pelo tempo de espera na agência Central na Rua do Imperador. O caso, que também vem sendo monitorado pelo Ministério Público Federal – MPF e que já foi comunicado à superintendência estadual dos Correios, agora também chegou à Brasília. Por intermédio do coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica, Dalmir Caetano, um pedido de regularização da prestação do Serviço foi entregue hoje (21.07), ao presidente nacional da instituição, em Brasília.
“Houve uma promessa de normalização do serviço, que não aconteceu. A agência da Posse, por exemplo, permanece fechada. Nesse momento de pandemia, os serviços de entrega, serviços essenciais como o dos Correios, que possibilitam que as pessoas fiquem em casa, precisam ser mantidos e até mesmo ampliados para ajudar no enfrentamento da doença. Não é admissível que o petropolitano seja prejudicado dessa forma”, avalia o prefeito Bernardo Rossi.
Segundo a coordenadora do órgão de defesa do consumidor municipal, Raquel Motta, o pedido encaminhado para o presidente nacional dos Correios, o general Floriano Peixoto Vieira Neto, é uma forma de dar um fim aos transtornos enfrentados na cidade, causados especialmente pela redução do quadro de funcionários.
“O que a gente identifica, até pelo relato dos gestores regionais, é a dificuldade em repor a capacidade de atendimento que a empresa pública tinha antes da pandemia, até por consequência do afastamento de funcionários dentro do grupo de risco. Os Correios chegaram a anunciar a contração de temporários, mas isso ainda não teve reflexo positivo na prestação de serviços. O objetivo do Procon é que o problema seja resolvido, para isso encaminhamos pedido à presidência dos Correios o ofício solicitando providências quanto a falha na prestação de serviços de entregas e na garantia das agências abertas com pessoal suficiente para atender a população”.
Em Brasília, o coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica de Petrópolis já protocolou o pedido e espera que, ciente do problema, a direção nacional dos Correios melhore a prestação do serviço.
“Protocolizamos o ofício e precisamos de fato que a direção dos Correios acompanhe esse caso e tome as medidas que proporcionem o serviço que o cidadão merece. Não é admissível que unidades dos Correios fechem e deixem de prestar um serviço tão importante nesse momento da pandemia. Não só porque há uma resolução dos Correios que mantém a atividade essencial, mas porque não pode fazer com que o cidadão se desloque desnecessariamente quando se pede para que as pessoas fiquem em casa. As unidades precisam voltar a funcionar com eficiência, porque impacta até para comércio que tem usado a entrega como forma de manter as vendas”, destaca Dalmir Caetano.