Mesmo neste período de isolamento social, as capacitações de pessoas interessadas em participar do serviço Família Acolhedora, da Secretaria de Assistência Social, continuam, só que pela internet. O serviço tem como objetivo oferecer um lar para crianças em risco social. Atualmente, cinco famílias estão sendo capacitadas de forma remota e outras cinco se inscreveram através do link disponibilizado no site da prefeitura (http://www.petropolis.rj.gov.br/) e farão parte de uma nova turma.
Os interessados em participar também podem fazer contato pelo telefone (24) 22494319 ou pelo e-mail: familiaacolhedora@petropolis.rj.gov.br. O Serviço Família Acolhedora funciona como uma alternativa aos abrigos. As crianças e adolescentes que, por decisão judicial, precisam ser afastadas de suas famílias, podem ser encaminhadas para o acolhimento de uma família, de forma temporária. O objetivo é fazer com que os menores mantenham a referência da convivência em família.
“Na última semana, realizamos uma reunião remota com o Dr. Vicente Mauro, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude e a nossa equipe para apresentar como está sendo o trabalho neste período de pandemia. É um serviço importante no município, que não pode parar. E precisamos continuar captando novas famílias interessadas em acolher essas crianças e adolescentes”, frisa a secretária de Assistência Social, Denise Quintella.
Para o Dr. Vicente Mauro, este é um serviço importante em Petrópolis. “É muito importante nós termos o equipamento aberto em pleno funcionamento na cidade porque as crianças e adolescentes que acabam tendo que ser acolhidos já estão em uma situação de vulnerabilidade. E quanto mais nós pudermos minimizar os danos que são causados para esses menores melhor será. É lógico que nas instituições de acolhimento o trabalho feito é sempre um trabalho sério, onde as equipes técnicas procuram fazer o melhor. Mas, de qualquer forma, nada substitui um lar. E é nesse contexto que a família acolhedora se torna tão importante”, frisa.
As crianças ou adolescentes (de 0 a 18 anos incompletos) são direcionados para as Famílias Acolhedoras a partir da avaliação do perfil social de ambas as partes. O encaminhamento é feito pela Vara da Infância, Juventude e do Idoso, que ao receber uma criança em risco social identifica a necessidade de afastamento do lar de origem, e aciona o serviço para verificar a disponibilidade de família apta a acolher o menor. Durante o período de acolhimento, os menores mantêm contato com a família biológica por meio de visitas realizadas na sede do serviço, em sala reservada. Todo o trabalho é acompanhado e orientado por psicólogas e assistentes sociais.
“No período de pandemia, as visitas foram suspensas, a não ser em caso de muita emergência. E o trabalho se configurou de uma outra maneira, teve que ser por acesso remoto, por meio de vídeo conferência, reuniões por WhatsApp e outros aplicativos, ou mensagens. Tivemos que remodelar o nosso atendimento”, destaca a coordenadora do programa Família Acolhedora, Graciele Vanzan.
“Outra parte importante é a captação das famílias. São famílias voluntárias. E a gente precisa chegar até essas pessoas. Isso ficou prejudicado por conta do isolamento social, porque fazíamos palestras, etc. Então passamos a utilizar mais as nossas redes sociais”, completa ela, que também participou da reunião, que contou ainda com a diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Kátia Piva.