O supercomputador Santos Dumont está entre os 100 supercomputadores mais poderosos do mundo! Duas vezes por ano, uma lista dos sites que operam os 500 sistemas de computadores mais poderosos é montada, e nesta última edição, lançada em novembro, o Santos Dumont aparece na lista do TOP500 na posição 89, garantindo a classificação do supercomputador como o mais poderoso da América Latina para pesquisa acadêmica, usado para processamento de cálculos complexos, tarefas extensas e com grandes volumes de dados. O Santos Dumont também está presente na lista Top500 Green, equipamentos mais eficientes em relação à eficiência energética, na posição 39, ou seja, é considerada a máquina mais eficiente na América Latina.
O supercomputador Santos Dumont está instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e, recentemente, recebeu novos equipamentos para aumentar a sua capacidade. Os equipamentos foram adquiridos através de projeto de cooperação no valor de US$ 19,4 milhões com a Petrobras. Desenvolvidos pela empresa Eviden, linha de negócios líder do Grupo Atos em computação avançada, baseada na arquitetura BullSequana XH3000 da Eviden, com a capacidade expandida em 17 Petaflops e com 68,064 cores, termo utilizado para se referir, em informática, ao núcleo de um processador. Quanto mais “cores” (núcleos), mais rápido atuará o sistema – em tarefas robustas realizadas concomitantemente, como trabalhos com arquivos multimídia e gráficos.
O que difere um computador de um supercomputador é a capacidade para atender a projetos de grande escala, ou seja, são Petascala, sistemas de computação capazes de calcular pelo menos 10 elevado a 15 operações de ponto flutuante por segundo (1 petaFLOPS). No caso do Santos Dumont, a capacidade de processamento foi quadruplicada para 20 quatrilhões de operações por segundo, de pico.
De acordo com o diretor do LNCC, Fábio Borges, “ganhamos uma infraestrutura de ponta que permitirá aos pesquisadores e cientistas acelerar descobertas e desenvolver soluções em áreas essenciais, como saúde, agronegócio e sustentabilidade.”
Qualquer cientista brasileiro que apresente um projeto, em que fique comprovada a necessidade de uso de um supercomputador com a capacidade do Santos Dumont, pode utilizá-lo. Com essa expansão significativa, o equipamento permitirá que mais projetos de pesquisa brasileiros possam ser atendidos e aqueles, que já usam o Santos Dumont, possam concluir mais rapidamente suas simulações e análises de dados.
A atualização do Santos Dumont é a primeira etapa do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) que visa transformar o país em referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público. O PBIA estabelece passos importantes para consolidar o Brasil como referência em inovação e tecnologia, promovendo conhecimento, desenvolvimento econômico e uma sociedade mais preparada para os desafios do futuro.
Atualmente, os novos equipamentos já foram montados e o supercomputador encontra-se na fase de “pré-ligação”, o que deve ocorrer em meados de janeiro de 2025. Além da atualização da máquina, será adquirido um novo sistema de refrigeração, visando maior eficiência e economia de água. Também está prevista a construção de uma rampa de acesso ao supercomputador visando maior mobilidade.