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UNIFASE/FMP realiza II Encontro Petropolitano de Residências em Saúde

Foi realizado na última sexta-feira, dia 20 de setembro, no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE/FMP), o II Encontro Petropolitano de Residências em Saúde. Cento e seis pessoas, entre estudantes, residentes, docentes e profissionais da área da saúde participaram do evento. Nesta edição, o assunto foi a integração entre programas de residência sob a perspectiva da inovação.

Segundo Miguel Koury, coordenador da residência médica da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), o encontro foi muito importante para o desenvolvimento das residências em saúde que são oferecidas pela instituição. 

“Pudemos ter contato com uma experiência exitosa da UERJ, ouvir representantes dos nossos programas e também estimular nossos residentes a pensar no que podemos avançar em relação à integração de nossos programas. Com isso, ganha a instituição, ganham os programas e, principalmente, ganham os pacientes, que podem ser atendidos por profissionais cada vez mais bem formados e integrados com a rede de cuidados do SUS”, ressaltou Miguel.

A importância da integração entre os programas de residência médica, multiprofissional e uniprofissional foi um ponto de destaque do encontro, já que os profissionais da área enfatizaram a importância de o paciente ser tratado na sua integralidade.

As palestrantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – Liv Katyuska de Souza, que é a coordenadora da Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso, e Luciana Branco da Motta, que implementou o Programa de Residência Médica em Geriatria – levaram para a mesa redonda o tema “Integração de Programas de Residência: perspectivas e desafios”.

“Nós buscamos um panorama de outros programas que atuam na perspectiva de integração, como o da UERJ, e nos debruçamos sobre os nossos programas de residência. Já temos trabalhos realizados de maneira integrada e exatamente por isso sabemos o quanto isso é difícil na prática. Sabemos o quanto nós precisamos ter de ações concretas e inovadoras para garantir a sustentabilidade dessas ações de integração”, explicou Thaise Gasser, coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP.

No âmbito das experiências locais, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), Dr. Álvaro Veiga, falou sobre a trajetória dos programas de residência da instituição e o quanto esse trabalho tem impacto na saúde do município, já que mais de 10% da população de Petrópolis é atendida pelas unidades básicas de saúde, geridas pela Faculdade – este percentual ultrapassa os 50% quando levamos em conta também as unidades conveniadas.

“Uma característica muito própria da instituição é que nós formamos todos os nossos alunos, dos diversos cursos, voltados para integrar diretamente o SUS. Isso é real. E a partir de 2001 passamos a ter também os programas de residência. Hoje estamos vendo a evolução desses programas e seguimos no caminho certo. Isso significa que a instituição deseja trilhar o caminho da integração com qualidade”, destacou o Dr. Álvaro.

Ana Lúcia Teixeira Pinto, integrante da Comissão Nacional de Residência Médica, Coordenadores e Supervisores de Programas de Residência, trouxe um panorama nacional de integração e destacou que os programas de residência das instituições de ensino são uma porta aberta para a multidisciplinaridade.

“Nós estamos observando uma mudança no cenário nacional, mas acredito que os melhores resultados serão nas residências dentro das instituições de ensino superior, porque você já começa com essa integração na graduação. A respeitabilidade entre as áreas acontece e a convivência vem naturalmente”, garante Ana Lúcia.

Na oficina “Integração entre Programas de Residência: existem caminhos para ampliação?”, com Caroline Thebald e Rafaella Galvão, os participantes puderam interagir e sugerir mudanças no cenário da residência.  Residente de enfermagem obstétrica, Milena Limp Mourão Ruffo disse que o encontro foi extremamente importante e necessário, com propostas para enfrentar os desafios existentes nessa área.

“Esse momento fez com que compreendêssemos que possuímos desafios muito semelhantes no dia a dia do serviço, mesmo em áreas distintas, reforçando ainda mais que somos um único grupo, independente de categoria profissional, e que a integração de residências em saúde tem muito potencial de luta e conquista de melhorias. Toda luta é mais potente quando lutada em coletivo”, explicou Milena.

Psicóloga residente de segundo ano no programa de residência multiprofissional em atenção básica/saúde da família, Luana Papelbaum Micmacher disse que foi muito significativa a presença de tantos residentes e programas para ter a dimensão da rede que eles podem tecer no município.

“Por vezes nos sentimos isolados, cada um tocando seus serviços e projetos, e não nos damos conta de nossa identidade de “residente”, que implica vivenciar desafios que, quando compartilhados, podem encontrar caminhos possíveis e coletivizados. Sinto que foi nessa direção o evento de hoje e saí de lá pensando sobre as possibilidades futuras de integrarmos cada vez mais e com mais qualidade nossos serviços, os níveis de atenção e, o mais importante, o cuidado ao usuário do SUS”, finalizou Luana.

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