Referência na América Latina em pesquisa e desenvolvimento de técnicas cirúrgicas inovadoras, o Centro de Inovação, Pesquisa e Atualização Cirúrgica (CIPAC) da UNIFASE/FMP recebeu nesta semana a 9ª turma para o curso “Diagnóstico e Controle das Osteoartrites Temporomandibulares”. As aulas foram ministradas, nos dias 9, 10 e 11 de setembro, pelo pró-reitor de Pesquisa e Inovação do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) e coordenador do Laboratório de Medicina Regenerativa da UNIFASE/FMP, Prof. Dr. Ricardo Tesch, que desenvolveu na instituição a técnica de guiagem por ultrassom na Articulação Temporomandibular (ATM).
A turma contou com 30 profissionais que vieram do Chile, Equador, México e Portugal para aprimorar a técnica de diagnóstico de osteoartrites na articulação temporomandibular, uma doença inflamatória e degenerativa, que pode atingir até 10% da população. Além disso, os profissionais aprenderam o método de guiagem de injeções intra-articulares por ultrassom, que é utilizado no tratamento de pacientes com dor orofacial articular.
O dentista João Castro é português e disse que veio fazer o treinamento na UNIFASE/FMP porque não encontrou nenhum curso com essa técnica na Europa.
“Vim de Portugal só para participar do curso e estou gostando bastante. Como lá em Portugal não existe um treinamento com essa perspectiva, vou levar esse aprendizado para os meus pacientes”, comentou João.
Essa expertise já é desenvolvida pela instituição há mais de uma década. As pesquisas tiveram início no Laboratório de Medicina Regenerativa e, ao longo dos anos foram atraindo profissionais de fora do país, fazendo parte do processo de internacionalização da UNIFASE. O professor Dr. Ricardo Tesch destaca que, além de receber especialistas na instituição, para que aprimorem o conhecimento, ele também tem ido a diferentes partes do mundo mostrar e ensinar a técnica.
“Mesmo na Europa e nos Estados Unidos não é difundido o uso de técnicas minimamente invasivas, principalmente com auxílio de imagens para guiagem. Então nós temos um grupo de profissionais que faz um tratamento conservador e não invasivo, e um outro grupo que faz tratamentos bem invasivos com cirurgias abertas, próteses ou através de artroscopia. O espaço entre o exclusivamente clínico e o invasivo cirúrgico não era ocupado e foi exatamente aí que entramos. Essa técnica é minimamente invasiva e tem um nível alto de eficácia e segurança para o paciente que recebe a terapia. Por isso nós atraímos tantos especialistas de várias partes do mundo”, explica o pró-reitor de Pesquisa do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE).
Eliu Bravo é do México e disse que decidiu fazer o curso por recomendação de dentistas mexicanos.
“Minha decisão de vir para Petrópolis foi por indicação de amigos que fizeram o curso. E realmente superou minhas expectativas. Estou muito feliz. Aprendi mais do que eu esperava. Valeu a pena viajar do México até o Brasil, até esta instituição, para vivenciar tudo isso”, finalizou.